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Governo líbio apoia novo diálogo organizado pela ONU para cessar violência

Governo "manifesta (seu) apoio aos esforços de Bernardino (Leon)", representante especial da ONU na Líbia, que media as negociações, disse ministro das Relações Exteriores do governo líbio reconhecido, Mohamed al-Dairi

Agência France-Presse
postado em 05/12/2014 11:49
Khartoum - O governo líbio reconhecido pela comunidade internacional manifestou apoio a um novo diálogo que será organizado na próxima terça-feira (9/12) pela ONU entre os principais envolvidos na crise líbia, para tentar acabar com a violência no país.

Um primeiro encontro reuniu integrantes rivais do Parlamento reconhecido pela comunidade internacional no fim de setembro em Ghadam;s (600 km a sudoeste de Trípoli), mas as negociações não deram resultados.

"Estou satisfeito com a realização da segunda reunião de Ghadam;s", declarou à AFP o ministro das Relações Exteriores do governo líbio reconhecido, Mohamed al-Dairi, na noite de quinta-feira (4/12) em Cartum.

O governo "manifesta (seu) apoio aos esforços de Bernardino (Leon)", representante especial da ONU na Líbia, que media as negociações, acrescentou Dairi.

Ele estava em Cartum, capital do Sudão, para uma reunião sobre a crise líbia com representantes da Argélia, do Chade, do Egito, da Tunísia e do Sudão, que também anunciaram seu apoio às negociações.

[SAIBAMAIS]Dairi também manifestou seu desejo de que a reunião de terça permita "formar um governo de união nacional para administrar o período de transição" na Líbia, que vive uma situação de anarquia e violência desde a queda de Muamar Kadhafi, em 2011.

O governo reconhecido pela comunidade internacional tem sede no leste do país por causa da violência. Sua legitimidade é questionada por um Executivo paralelo que se instalou em Trípoli apoiado pela Fajr Libya, uma coalizão de milícias dominadas por islamitas que tomou o controle da capital líbia no início deste ano.



Uma reunião para as formações militares e os grupos armados líbios, diferente da organizada pela ONU com representantes políticos, também será realizada, afirmou Mohamed al-Dairi em Cartum, sem especificar quem participará.

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