Um ex-chefe do serviço de segurança da China, Zhu Yongkang, foi expulso do Partido Comunista e preso, informou a agência de notícias estatal Xinhua.
Segundo a agência estatal de notícias, Zhu, de 72 anos, que deixou o famoso birô do Partido Comunista em 2012, "vazou segredos do partido e do país" durante seu mandato e "aceitou grandes volumes de dinheiro e propriedades pessoalmente e através de sua família".
O anúncio torna Zhou, de 72 anos, o funcionário de mais alto nível do PCC investigado desde o processo, em 1980, do famoso Bando dos Quatro, que incluía a viúva do ex-líder chinês Mao Tsé-Tung.
A prisão ocorre no âmbito de uma campanha anticorrupção promovida pelo presidente chinês, Xi Jinping.
"Ele abusou de seus poderes para ajudar pessoas próximas, amantes e amigos a obter grandes benefícios em contratos comerciais, o que causou grandes perdas aos ativos do Estado", destacou a Xinhua, que cita um comunicado do birô político.
A linguagem usada pela agência é incomumente franca. Zhou "cometeu adultério com várias mulheres e usou seu poder para obter sexo e dinheiro", acrescentou.
A decisão de expulsar o ministro de Segurança Pública foi acertada na sexta-feira "em uma reunião do birô político do comitê central do Partido Comunista Chinês".
Este ex-diretor da gigante do petróleo chinesa China National Petroleum Corporation (CNPC), nascido em 1942 na cidade industrial de Wuxi, é um personalidade central do que muitos analistas chamam de "a facção do petróleo" dentro do PCC.
Trata-se de uma rede de influentes autoridades políticas, que mantêm vínculos com a lucrativa indústria petrolífera chinesa.
Em 2002, Zhou alcançou o mais elevado círculo de poder, ao se tornar um dos 25 membros do birô político do Partido Comunista, assumindo as funções de ministro da Segurança Pública até 2012.
Zhu está agora a disposição da Justiça, indicou a agência estatal, o que abre o caminho para seu indiciamento.