postado em 06/12/2014 09:20
A morte de mais dois negros em incidentes de violência com policiais brancos dos Estados Unidos alimenta a onda de protestos sobre o excesso de força policial contra negros no país. Enquanto ativistas nova-iorquinos continuavam manifestando indignação pela decisão, anunciada na quarta-feira por um júri, de não indiciar o policial envolvido na morte de Eric Garner, manifestantes cobravam providências sobre os casos de Rumain Brisbon, em Phoenix (Arizona), e de Akai Gurley, em Nova York. Especialistas em direitos humanos das Nações Unidas expressaram preocupação com o padrão adotado por júris americanos de não levar a julgamento policiais envolvidos na morte de negros, e pediram o fim da discriminação racial no país.
Mais uma noite de manifestações era esperada ontem, na sequência de uma série de protestos desencadeados há duas semanas pelo não indiciamento do policial Darren Wilson, autor dos disparos que mataram o jovem Michael Brown, em Ferguson, subúrbio de Saint Louis (Missouri). Em Phoenix, ativistas cobravam a divulgação da identidade do policial branco que atirou duas vezes contra Brisbon. Em Nova York, manifestantes convocavam atos para a véspera do funeral de Gurley, de 27 anos.
O jovem foi morto pelo policial Peter Lian na escadaria de um prédio, em 20 de novembro. Ele estava desarmado e deixava a casa de um amigo. O Comissário de Polícia, William Bratton, afirmou que o incidente resultou de um disparo acidental, mas assinalou que Gurley era ;completamente inocente;. Ontem, a divulgação da informação de que Lian enviava mensagens de texto para líderes sindicais da polícia logo após balear o jovem no peito reacendeu a revolta. Segundo o jornal Daily News, foi um morador do prédio que chamou o serviço de emergência para socorrer o rapaz.
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