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Suíço sequestrado por grupo islâmico em 2012 nas Filipinas é libertado

Lorenzo Vinciguerra, um ornitólogo, escapou dos rebeldes do Abu Sayyaf durante os combate na ilha de Jolo

postado em 06/12/2014 09:29

Lorenzo Vinciguerra, um ornitólogo, escapou dos rebeldes do Abu Sayyaf durante os combate na ilha de Jolo

Um suíço sequestrado em 2012 no sul das Filipinas e detido pelo grupo islâmico Abu Sayyaf foi resgatado neste sábado pelo exército filipino após um confronto armado entre os soldados e rebeldes.

Lorenzo Vinciguerra, um ornitólogo amador suíço que foi capturado em fevereiro de 2012, escapou dos rebeldes do Abu Sayyaf durante os combate na ilha de Jolo e, logo em seguida, foi resgatado pelos soldados, informou à AFP o porta-voz nacional do Exército filipino, o coronel Restituto Padilla.

"Ele teve a oportunidade de fugir por causa do fogo cruzado das nossas tropas" com os rebeldes, explicou o coronel Padilla.

O embaixador da Suíça nas Filipinas, Ivo Sieber, confirmou à AFP que Vinciguerra estava livre. O diplomata informou que o agora ex-refém havia sido levado a um hospital militar depois de ter sofrido alguns ferimentos durante sua fuga, acrescentando que ele não corre risco de morte.

[SAIBAMAIS]O Exército indicou ainda que um holandês, Ewold Horn, que foi capturado ao mesmo tempo que Vinciguerra, não foi resgatado pelos militares e que não há informações neste momento sobre o seu destino.

Vinciguerra e Horn realizavam juntos, em fevereiro de 2012, uma expedição para fotografar aves raras nas ilhas isoladas de Tawi-Tawi, perto da ilha de Jolo, no sul das Filipinas, quando foram sequestrados por homens armados desconhecidos e, em seguida, entregues ao grupo Abu Sayyaf.

No momento do sequestro, Vinciguerra tinha 47 anos de idade e Horn 52 anos.

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O grupo Abu Sayyaf é considerado responsável pelos mais graves atos terroristas da história das Filipinas e já reivindicou inúmeros sequestros de estrangeiros em troca de enormes quantias em dinheiro de resgate.

É classificado como uma organização terrorista pelos Estados Unidos, que presta assistência e treinamento aos militares das Filipinas para ajudar na tarefa de combater os rebeldes.

Muitos governos estrangeiros desaconselham os seus cidadãos a viajar para as ilhas do arquipélago de Tawi-Tawi e outras ilhas do sul das Filipinas, consideradas redutos do Abu Sayyaf e de outros grupos islâmicos.

Abu Sayyaf libertou em outubro passado dois alemães cativos por seis meses. As autoridades alemãs e filipinas se recusaram a dizer na ocasião se um resgate teria sido pago por sua libertação.

Mas o grupo islâmico postou pouco depois em sua conta no Facebook um vídeo em que mostra uma grande quantidade de dinheiro, em torno de 250 milhões de pesos filipinos (5,7 milhões de dólares) que ele havia exigido em troca da libertação dos dois alemães.

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