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Bélgica presta última homenagem à rainha Fabíola, morta aos 86 anos

Funeral acontece na próxima sexta-feira (12/12)

Agência France-Presse
postado em 06/12/2014 12:26
Funeral acontece na próxima sexta-feira (12/12)O funeral nacional da rainha Fabíola da Bélgica, falecida sexta-feira à noite, acontecerá na próxima sexta em Bruxelas, enquanto um luto nacional de uma semana foi decretado pelo governo.

Neste sábado, a Bélgica homenageava a rainha, morta aos 86 anos, com expressões de carinho da população e de vários líderes, que destacaram seu lado humano.

O palácio real indicou que o "funeral de Sua Majestade a Rainha Fabíola acontecerá sexta-feira, 12 de dezembro de 2014, às 10H00 na catedral de São Miguel e Santa Gudula em Bruxelas". O funeral será nacional, segundo o primeiro-ministro belga Charles Michel.

Por indicação do rei Filipe, sobrinho de Fabíola, um luto nacional foi decretado neste sábado até o dia 12. As bandeiras serão hasteadas a meio mastro nos prédios públicos, e as prefeituras do país poderão abrir livros de condolências.

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[SAIBAMAIS]Além disso, o corpo de Fabíola será levado na terça-feira ao palácio real de Bruxelas, onde a população poderá prestar uma última homenagem à rainha quarta e quinta-feira, segundo anunciou o palácio.

"A Bélgica perdeu uma grande rainha, uma rainha de amor, uma rainha branca, uma rainha dos corações", escreveu o jornal "La Libre Belgique" em seu editorial. Muito católica, ela decidiu vestir branco no funeral de Balduíno. A imagem comoveu o mundo.

"A França conservará da rainha Fabíola a memória de uma grande dama que, com seu marido o Rei Balduíno, não deixou de se envolver com os mais fracos e mais vulneráveis", disse o presidente francês, François Hollande, neste sábado.

Nascida Dona Fabíola de Mora y Aragón em 11 de junho de 1928 em Madri, em uma família nobre espanhola, casou-se com o rei Balduíno em dezembro de 1960, mesmo ano em que o Congo se tornou independente da Bélgica.

O casal não teve filhos. Desde a morte de seu marido em 1993, Fabíola se manteve discreta fazendo poucas aparições públicas, permanecendo à sombra do rei Alberto e de sua esposa, a rainha Paola.

Em julho de 2013, assistiu a passagem da coroa de seu cunhado Alberto II, que sucedeu Balduíno, para seu sobrinho Felipe, de quem era muito próxima.

Com o passar dos anos, foi perdendo a mobilidade devido a uma artrose, que a obrigou primeiro a se apoiar em uma bengala e depois a usar uma cadeira de rodas.

Extremamente católica, esta rainha deixou uma lembrança indelével em todo mundo, quando apareceu no enterro de Balduíno toda vestida de branco, em sinal de esperança e crença na ressurreição.

O grande "sofrimento" do casal, nas próprias palavras do monarca, foi nunca ter tido filhos. Fabíola teve cinco abortos espontâneos.

"Compreendemos que nosso coração era mais livre para amar as crianças, absolutamente todas", declarou em uma ocasião.

Mas em 2013, Fabíola se viu no centro de uma polêmica que abalou sua imagem e debilitou a monarquia, quando a imprensa revelou que ela tinha criado uma "fundação privada" destinada a ajudar seus sobrinhos e sobrinhas, bem como obras culturais e sociais que promoviam suas convicções católicas. Fabíola resolveu acabar com sua fundação e limitou ainda mais suas saídas públicas.

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