postado em 08/12/2014 07:20
A proposta de um cessar-fogo bilateral volta na quarta-feira à mesa das negociações de paz entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo do presidente Juan Manuel Santos, em Havana, após interrupção de duas semanas ; a crise mais séria em dois anos de processo. O trunfo da guerrilha para recolocar em pauta uma reivindicação repetida desde as primeiras rodadas de conversações é o mesmo que provocou a suspensão do diálogo: a captura do general Rubén Darío Alzate, o oficial de patente mais elevada a ser feito prisioneiro em 50 anos de conflito. Santos, que suspendeu o diálogo quando o militar foi sequestrado ; em circunstâncias ainda hoje nebulosas ;, elogiou a pronta libertação do general e de outros reféns. ;É evidente que essa decisão contribui para recuperar o clima propício para continuar os diálogos, demonstra a maturidade do processo;, comemorou o chefe de Estado.
Em comunicado emitido no dia em que entregaram Alzate a uma delegação humanitária, as Farc voltaram a sustentar que o processo de paz ;não pode estar submetido a nenhum tipo de atitude precipitada e sem reflexão, que adie a reconciliação; ; referência à decisão do presidente de adiar a nova rodada de conversações na capital cubana. ;É hora do cessar-fogo bilateral, do armistício, para que os acontecimentos no campo de combate não justifiquem a interrupção de uma tarefa tão bela e histórica, como é a de chegar a um acordo de paz;, diz o texto lido pela delegação rebelde na capital cubana.
Santos, porém, reluta em dar um passo que pode lhe custar a perda de apoio indispensável para seguir no caminho das negociações. O consenso político, na Colômbia, é de que seja primeiro concluído o acordo de paz, para que a trégua tenha o propósito de viabilizar a pacificação da guerrilha.
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