Jerusalém - Os deputados israelenses aprovaram por unanimidade, nesta segunda-feira, a dissolução do Parlamento e confirmaram a data de 17 de março para a celebração das eleições legislativas antecipadas.
Ao concluir um debate transmitido pela TV, membros da Knesset aprovaram por 93 votos o projeto de dissolução, apresentado por partidos da oposição.
O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, demitiu na semana passada o ministro das Finanças, Yair Lapid, do partido de centro-direita Yesh Atid, e a ministra da Justiça, Tzipi Livni, do partido de centro-esquerda HaTnuah.
Estes partidos somam 25 das 68 cadeiras da atual coalizão de governo em Israel.
Mas diante da tensão cada vez maior com os palestinos, as pesquisas mostram que o Likud, partido de Netanyahu, e outras formações de direita podem aumentar sua presença na Knesset, em comparação com as eleições de 2013.
As pesquisas mais recentes apontam Netanyahu como o provável vencedor das eleições antecipadas. Ele já ocupou o cargo de primeiro-ministro em três ocasiões.
De acordo com as sondagens, o partido Likud conquistaria de 22 a 24 cadeiras, contra as 18 que possui atualmente.
Netanyahu já afirmou que gostaria de retomar a aliança tradicional com os ultraortodoxos, que chamou de "aliados naturais", mas que nas eleições do ano passado foram relegados à oposição.
Ao mesmo tempo, as pesquisas mostram que tanto o Yesh Atid como o HaTnuah devem registrar derrotas expressivas. A esquerda, incluindo o Partido Trabalhista, que já dominou a política israelense, conquistaria uma representação reduzida.