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Mexicano que invadiu cerimônia do Nobel da Paz será multado

O mexicano, de 21 anos, entrou na frente dos dois premiados - a paquistanesa Malala Yousafzai e o indiano Kailash Satyarthi

Agência France-Presse
postado em 11/12/2014 11:06
Oslo - O jovem que perturbou a cerimônia de entrega do Prêmio Nobel da Paz, em Oslo, exibindo uma bandeira de mexicana vai pagar uma multa de quase 2.130 dólares, informou nesta quinta-feira (11/12) a Polícia norueguesa.

O mexicano, de 21 anos, entrou na frente dos dois premiados - a paquistanesa Malala Yousafzai e o indiano Kailash Satyarthi

O mexicano, de 21 anos, entrou na frente dos dois premiados - a paquistanesa Malala Yousafzai e o indiano Kailash Satyarthi - e pediu que falassem do México em seus discursos, exibindo uma bandeira de seu país simbolicamente manchada de vermelho.

Depois, ele reconheceu a acusação de perturbação da ordem pública e de intrusão ilegal na Prefeitura, e aceitou a punição, uma multa de 15 mil coroas (quase 2.130 dólares).

O nome do jovem não foi revelado. Ele é um estudante que solicitou asilo depois de entrar na Noruega no fim de novembro e, nesta quinta, estava em poder da Polícia de Imigração. O chefe da Polícia de Oslo, John Frederiksen, pediu desculpas por não terem impedido a entrada do penetra na cerimônia.

A atitude do mexicano, provavelmente, está relacionada ao desaparecimento de 43 estudantes de uma escola de formação de professores em áreas rurais. Os responsáveis pelo sequestro e possível assassinato das vítimas são policiais e integrantes de um cartel do narcotráfico na cidade de Iguala (Guerrero, sul). A indignação causou grandes protestos em todo o país.

De acordo com as investigações da Promotoria, os 43 estudantes foram mortos e incinerados. Os dois Prêmios Nobel da Paz não pareceram incomodados com o incidente. "Não teve nada de amedrontador", declarou Malala nesta quinta, durante uma entrevista coletiva à imprensa.

"Há problemas no México, também há problemas nos Estados Unidos e na Noruega (...). É realmente importante que as crianças tenham suas vozes ouvidas", disse.

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