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Democratas querem impedir Obama de lançar guerra terrestre contra o EI

É pouco provável que o texto seja adotado pelo atual Congresso, que nesta semana suspendeu suas sessões até janeiro, mês em que a maioria republicana assumirá as funções

Agência France-Presse
postado em 11/12/2014 17:11
Washington- Os democratas do Senado americano decidiram se lançar nesta quinta-feira (11/12) contra uma guerra terrestre aos jihadistas do grupo Estado Islâmico, formalizando sua posição em uma carta ao presidente Barack Obama. Depois de um acalorado debate, a Comissão de Relações Exteriores do Senado, dominada pelos democratas, aprovou nesta quinta-feira um projeto sobre o uso da força militar contra o EI, que define os limites da ação militar americana iniciada em agosto.

[SAIBAMAIS]O texto, ao qual todos os republicanos se opuseram, proíbe o presidente dos Estados Unidos enviar tropas terrestres em grande escala contra a EI e limita a operação a três anos. "Poderá haver tropas no terreno, mas não americanas", declarou o presidente democrata da Comissão, Robert Menendez.

É pouco provável que o texto seja adotado pelo atual Congresso, que nesta semana suspendeu suas sessões até janeiro, mês em que a maioria republicana assumirá as funções.

Mas permite aos democratas, traumatizados pela guerra no Iraque, definir uma linha vermelha antes do debate ser aberto em ambas as casas do Congresso em 2015. Nos últimos meses, Obama ordenou ataques aéreos no Iraque e na Síria e enviou 3.100 conselheiros militares, apoiando-se, segundo ele, em autorizações parlamentares anteriores.

A primeira tomada após os ataques de 11 de setembro de 2001 contra a Al-Qaeda, o Talibã e outros grupos "terroristas", a segunda em 2002 para invadir o Iraque.

Mas vários deputados questionaram a legalidade de suas ações e estão determinados a não permitir que Barack Obama se lance em uma guerra sem a permissão do Congresso. Eles querem revogar a autorização de 2002 e atualizar a de 2001 contra a Al-Qaeda.



O executivo é contra qualquer restrição geográfica, o que limitará a guerra ao Iraque e à Síria, bem como qualquer implantação de censura prévia de tropas terrestres. O presidente americano deve ser livre para se adaptar à evolução futura da guerra contra os jihadistas, afirmou o secretário de Estado, John Kerry.

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