Jornal Correio Braziliense

Mundo

Tribunal peruano nega pedido de prisão para ativistas do Greenpeace

Grupo é acusado de danificar as milenares linhas de Nazca, de acordo com o Ministério Público do país

Um tribunal peruano negou o pedido de prisão preventiva e impedimento de saída do país contra os ativistas da ONG Greenpeace acusados de danificar as milenares linhas de Nazca, informou o Ministério Público. A procuradora provincial de Nazca, Velia Begazo, informou na noite de sexta-feira que o Poder Judiciário devolveu o caso ao Ministério Público "por falta de domicílio para notificar os membros da ONG ambientalista".



Para apreciá-las é preciso embarcar em um avião, já que suas figuras só podem ser vistas do alto. O governo peruano denunciou os ativistas da ONG ecologista Greenpeace por terem danificado o gigantesco geoglifo em forma de colibri, feito por antigos peruanos há mais de 2.000 anos.

O incidente ocorreu na madrugada de segunda-feira, quando 12 ativistas entraram sem autorização nas linhas de Nazca, declaradas Patrimônio Cultural da Humanidade, e estenderam ao lado do geoglifo em forma de colibri letras de pano amarelo com a mensagem "Time for change: The future is renewable" (Tempo de mudança: o futuro é renovável). Esta ação levou o governo peruano a denunciar o fato ante o Ministério Público e solicitar prisão preventiva e impedimento de saída do país contra os militantes ecologistas.

Na sexta-feira, o Greenpeace se comprometeu a ajudar as autoridades peruanas nas investigações sobre os danos provocados pela entrada de seus ativistas nas linhas de Nazca, afirmou seu diretor, o sul-africano Kumi Naiddo. Naiddo deve se reunir com a ministra da Cultura peruana, Diana Álvarez Calderón, e talvez com o presidente Ollanta Humala a fim de pedir desculpas pelo ato dos ativistas.

Em 1994, o Comitê da Unesco declarou o sítio Patrimônio Cultural da Humanidade.