Agência France-Presse
postado em 14/12/2014 12:14
Os chefes da diplomacia norte-americana e russa estão em Roma neste domingo para o primeiro encontro entre os dois países desde a aprovação pelo Congresso dos Estados Unidos de uma lei que autoriza novas sanções contra Moscou e o fornecimento de armas letais a Kiev.
A Rússia ameaçou neste sábado tomar medidas de retaliação contra os Estados Unidos caso o texto, intitulado "Ato de apoio à liberdade da Ucrânia", seja aplicado. "Não ha dúvidas de que não deixaremos isso sem resposta", alertou o vice-ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Riabkov. O presidente norte-americano, Barack Obama, tem a opção de promulgar a lei ou vetá-la. A Casa Branca não revelou suas intenções, embora Obama tenha chamado recentemente de "contraproducente" a imposição de sanções americanas suplementares sem coordenação com a União Europeia.
O fornecimento de armas pelos Estados Unidos à Ucrânia também é visto com reservas por Obama, que até o momento se mostra contra a ação. O Congresso aumentou, contudo, sua pressão sobre a Casa Branca autorizando 350 milhões de dólares em créditos para esse fim nos próximos três anos. A ameaça de novas sanções americanas ocorre num momento em que a economia russa vive uma crise provocada pelas sanções ocidentais e a queda dos preços do petróleo.
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Em Kiev, deputados chamaram de "histórica" a votação do Congresso norte-americano, enquanto a Ucrânia busca a qualquer custo convencer seus aliados a fornecer armas para seus soldados, pouco equipados se comparados aos rebeldes pró-russos apoiados militarmente, segundo Kiev e as potências ocidentais, pela Rússia. Em oito meses, o conflito ucraniano já matou mais de 4.634 pessoas, segundo a ONU. Em três semanas, foram mais de 300 mortos.
A Ucrânia estará na pauta do encontro entre John Kerry e Serguei Lavrov em Roma. Mesmo assim, o vice-chanceler russo garante que "o principal assunto deste 17; encontro do ano entre eles será o Oriente Médio".
14 ataques em 24 horas
Na região de Rússia e Ucrânia, onde uma trégua foi anunciada na última terça-feira no leste separatista pró-russo, os combates diminuíram - mas não cessaram. Neste domingo, o exército ucraniano contabilizou 14 ataques contra suas posições ao longo das últimas 24 horas, incluindo tiros de morteiro e lança-foguetes.
As autoridades ucranianas anunciaram no sábado a proibição "por razões de segurança" de voos com destino a Dnipropetrovsk, Carcóvia e Zaporijjia, grandes cidades perto do front do leste separatista. As cidades atingidas, centros industriais do país, são capitais de três regiões fronteiriças com Donetsk e Lugansk, à frente da rebelião separatista pró-Rússia onde as conexões aéreas estão suspensas há vários meses.
À beira da falência, a Ucrânia colocou em prática um programa de reformas radicais - comemorado neste sábado pelo número dois do Fundo Monetário Internacional (FMI), David Lipton, que se disse "impressionado" após visita a Kiev. O FMI, que deu a Kiev uma ajuda financeira de 17 bilhões de dólares no quadro de um plano de resgate de 27 bilhões elaborado pelos países ocidentais, alertou em novembro que os país necessitava de 19 bilhões de euros suplementares de hoje até o final de 2015.
O desbloqueio de novos fundos será crucial para as autoridades ucranianas, que devem reembolsar a dívida de gás com a Rússia e encontrar uma solução para a escassez de carvão que ameaça o país com a proximidade do inverno no hemisfério norte.
A Rússia ameaçou neste sábado tomar medidas de retaliação contra os Estados Unidos caso o texto, intitulado "Ato de apoio à liberdade da Ucrânia", seja aplicado. "Não ha dúvidas de que não deixaremos isso sem resposta", alertou o vice-ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Riabkov. O presidente norte-americano, Barack Obama, tem a opção de promulgar a lei ou vetá-la. A Casa Branca não revelou suas intenções, embora Obama tenha chamado recentemente de "contraproducente" a imposição de sanções americanas suplementares sem coordenação com a União Europeia.
O fornecimento de armas pelos Estados Unidos à Ucrânia também é visto com reservas por Obama, que até o momento se mostra contra a ação. O Congresso aumentou, contudo, sua pressão sobre a Casa Branca autorizando 350 milhões de dólares em créditos para esse fim nos próximos três anos. A ameaça de novas sanções americanas ocorre num momento em que a economia russa vive uma crise provocada pelas sanções ocidentais e a queda dos preços do petróleo.
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Em Kiev, deputados chamaram de "histórica" a votação do Congresso norte-americano, enquanto a Ucrânia busca a qualquer custo convencer seus aliados a fornecer armas para seus soldados, pouco equipados se comparados aos rebeldes pró-russos apoiados militarmente, segundo Kiev e as potências ocidentais, pela Rússia. Em oito meses, o conflito ucraniano já matou mais de 4.634 pessoas, segundo a ONU. Em três semanas, foram mais de 300 mortos.
A Ucrânia estará na pauta do encontro entre John Kerry e Serguei Lavrov em Roma. Mesmo assim, o vice-chanceler russo garante que "o principal assunto deste 17; encontro do ano entre eles será o Oriente Médio".
14 ataques em 24 horas
Na região de Rússia e Ucrânia, onde uma trégua foi anunciada na última terça-feira no leste separatista pró-russo, os combates diminuíram - mas não cessaram. Neste domingo, o exército ucraniano contabilizou 14 ataques contra suas posições ao longo das últimas 24 horas, incluindo tiros de morteiro e lança-foguetes.
As autoridades ucranianas anunciaram no sábado a proibição "por razões de segurança" de voos com destino a Dnipropetrovsk, Carcóvia e Zaporijjia, grandes cidades perto do front do leste separatista. As cidades atingidas, centros industriais do país, são capitais de três regiões fronteiriças com Donetsk e Lugansk, à frente da rebelião separatista pró-Rússia onde as conexões aéreas estão suspensas há vários meses.
À beira da falência, a Ucrânia colocou em prática um programa de reformas radicais - comemorado neste sábado pelo número dois do Fundo Monetário Internacional (FMI), David Lipton, que se disse "impressionado" após visita a Kiev. O FMI, que deu a Kiev uma ajuda financeira de 17 bilhões de dólares no quadro de um plano de resgate de 27 bilhões elaborado pelos países ocidentais, alertou em novembro que os país necessitava de 19 bilhões de euros suplementares de hoje até o final de 2015.
O desbloqueio de novos fundos será crucial para as autoridades ucranianas, que devem reembolsar a dívida de gás com a Rússia e encontrar uma solução para a escassez de carvão que ameaça o país com a proximidade do inverno no hemisfério norte.