Agência France-Presse
postado em 19/12/2014 18:30
Nouakchott- Cinco países do Sahel pediram às Nações Unidas nesta sexta-feira (19/12), em Nuakchott, para por em andamento uma força internacional "para neutralizar os grupos armados" na Líbia, segundo comunicado oficial da cúpula do "Grupo dos Cinco do Sahel".O G5 Sahel (Chade, Mali, Níger, Mauritânia e Burkina Faso) "faz um apelo ao Conselho de Segurança das Nações Unidas para estabelecer, segundo a União Africana (UA), uma força internacional para neutralizar os grupos armados, ajudar na reconciliação nacional e implantar instituições democráticas estáveis" na Líbia.
Segundo o comunicado, o grupo de países africanos comemoram, ainda, "os esforços feitos por países vizinhos" da Líbia e a ONU "com vistas a reunir as condições para um diálogo entre todas as partes líbias, com exceção dos grupos terroristas considerados como tal".
Durante coletiva de imprensa ao final da cúpula, o chefe de Estado mauritano, Mohamed Uld Abdel Aziz, também presidente em exercício da UA, assegurou que o G5 Sahel tinha apresentado "oficialmente" à UA e às Nações Unidas esta proposta, sem informar quando ou como.
A Líbia mergulhou no caos após a queda do coronel Muamar Kadafi, em 2011. O país, relegado às milícias, é chefiado por dois Parlamentos e dois governos - um próximo das milícias islamitas e outro, reconhecido pela comunidade internacional -, que disputam o poder.
Nos últimos dias, vários dirigentes africanos, reunidos em Dacar na segunda e na terça-feira em outra cúpula, destacaram a ameaça que representam para os países do Sahel e do Saara o jihadismo e o tráfico transfronteiriço de qualquer tipo, procedente do sul da Líbia até os confins de Argélia, Níger e Chade.