Agência France-Presse
postado em 21/12/2014 17:25
O presidente americano, Barack Obama, baixou o tom sobre os ataques cibernéticos à Sony Pictures, afirmando que foram um ato de vandalismo, e não de guerra, mas continua a responsabilizar a Coreia do Norte e mantém sua promessa de uma resposta proporcional."Não, não penso que tenha sido um ato de guerra. Penso que foi um ato de vandalismo informático que custou muito caro", declarou o presidente, segundo trechos de uma entrevista à emissora CNN, divulgados neste domingo. "Pensamos que é muito sério, e nossa resposta será proporcional", advertiu o presidente, durante o programa "State of the Union".
[SAIBAMAIS]A ciberespionagem contra a Sony no fim de novembro trouxe à tona milhares de e-mails muito embaraçosos para seus diretores e obrigou a empresa a suspender a estreia do filme "A Entrevista", uma paródia sobre um complô da Agência Central de Inteligência americana, a CIA, para matar o líder norte-coreano, Kim Jon-un.
Sem vinculá-lo ao ataque a uma das maiores produtoras do cinema americano, Obama advertiu que os Estados Unidos estudarão incluir a Coreia do Norte na lista de países que apoiam o terrorismo. Pyongyang havia sido retirada dessa lista em 2008. "Vamos rever isso por meio de um processo que já está em andamento", afirmou. "Nossos critérios para dizer que um Estado apoia o terrorismo são muito claros. Não emitimos juízos unicamente com base nas notícias diárias", explicou.
A Coreia do Norte negou várias vezes ser responsável por um dos maiores ciberataques contra uma empresa americana, que contou, ainda, com a divulgação de dados salariais da Sony, de números da Seguridade Social de milhares de funcionários e até roteiros em elaboração.