postado em 23/12/2014 08:44
A Anistia Internacional acusou hoje (23) o grupo fundamentalista Estado Islâmico de cometer crimes de guerra e contra humanidade ;em larga escala; no Iraque, submetendo mulheres e crianças a ;um tratamento particularmente brutal;.No mais recente comunicado sobre a tortura a que estão sujeitos os grupos minoritários no Iraque, a organização de defesa dos direitos humanos denuncia ;o recurso à violação como arma de guerra;.
O grupo Estado Islâmico tem ;sistematicamente; dirigido os ataques contra as comunidades não árabes e não sunitas, o que inclui os muçulmanos xiitas e outros grupos minoritários, como os yazidi. Entre esses, mulheres e crianças têm sido alvos de ;um tratamento particularmente brutal;, diz a organização.
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;Violação e outras formas de tortura e violência sexual, sequestros, privação arbitrária da liberdade e obrigar pessoas a agir contra as suas convicções religiosas são crimes de guerra;, lembra a Anistia.
Apesar da condenação internacional, "o Estado Islâmico não tem revelado qualquer intenção de acabar com os crimes de guerra e contra a humanidade;, acrescenta a organização, apelando, por isso, a todas as partes, dentro ou fora do Iraque, para ;pôr fim aos sequestros, casamentos forçados, violações e outros abusos;.
O Estado Islâmico continua a manter sequestradas ;centenas de prisioneiros, incluindo crianças;, critica a Anistia, denunciando que aqueles que já foram libertados ou conseguiram fugir ;não estão recebendo a ajuda e o apoio de que precisam, especialmente por parte das organizações internacionais.
A Anistia destaca a necessidade de fornecer cuidados médicos adequados aos poucos que têm conseguido escapar do grupo.
A comunidade internacional tem repetidamente acusado o Estado Islâmico de crimes de guerra e contra a humanidade, desde que, em junho, o grupo armado fundamentalista começou a controlar vastas zonas do Iraque e da Síria, onde diz pretender instaurar um ;califado islâmico;.