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Obama saúda decisão da Sony de lançar filme sobre a Coreia do Norte

'A decisão tomada pela Sony e por teatros participantes permite às pessoas fazer suas próprias escolhas sobre o filme', disse o porta-voz da Casa Branca

Agência France-Presse
postado em 23/12/2014 18:30

Obama aprova a decisão da Sony de exibir o filme 'A Entrevista' mesmo depois de o estúdio ter sofrido ameaças
Washington-
O presidente americano, Barack Obama, saudou nesta terça-feira (23/12) a decisão da Sony Pictures de lançar um filme de comédia sobre o ditador norte-coreano Kim Jong-Un, apesar das ameaças feitas pelo regime.

[SAIBAMAIS]

"Como o presidente deixou claro, nós somos um país que acredita na liberdade de expressão e no direito à manifestação artística", disse a jornalistas o porta-voz da Casa Branca, Eric Schultz.



"A decisão tomada pela Sony e por teatros participantes permite às pessoas fazer suas próprias escolhas sobre o filme e nós saudamos este resultado", acrescentou.



A Sony anunciou nesta terça que finalmente vai exibir, com limitações, nos Estados Unidos, o filme "A Entrevista", uma comédia que teve o lançamento suspenso na semana passada por causa de ameaças de hackers.

"Nunca desistimos de estrear ;A Entrevista; e estamos muito contentes de que nosso filme vá ser exibido em um certo número de teatros no dia de Natal", afirmou, em um comunicado, o presidente dos estúdios Sony Pictures, Michael Lynton.

Segundo ele, o filme será lançado em outras "plataformas" e em mais cinemas no futuro.

Mais cedo, dois cinemas americanos anunciaram que exibirão o filme no próximo dia 25.

O cinema Plaza Atlanta, na Geórgia (sudeste), comemorou, em sua conta no Twitter, ser "um dos poucos cinemas no país que estreará o filme".

O fundador do cinema Álamo, de Austin (Texas, sul), destacou que a "Sony autorizou a projeção de ;A Entrevista; no dia de Natal".

Meios de comunicação americanos já tinham anunciado que a Sony planejava lançar de forma limitada o filme, que trata de uma operação fictícia da CIA para assassinar Kim.

Os estúdios cinematográficos decidiram retirar totalmente o longa da rede de distribuição na quarta-feira, 17 de dezembro, depois das ameaças de hackers e da negativa dos principais cinemas do país de exibi-lo.

O presidente americano, Barack Obama, considerou esta decisão "um erro", depois que o FBI acusou oficialmente a Coreia do Norte de ser responsável pelo ciberataque contra a Sony, que expôs centenas de e-mails e dados confidenciais de 47.000 pessoas.

Pyongyang negou categoricamente sua participação no ataque informático, embora o tenha qualificado de "ato legítimo" porque o filme é um "ato de terror sem sentido".

As conexões de internet na Coreia do Norte sofrem interrupções desde a segunda-feira, o que gerou especulações sobre um eventual contra-ataque americano em represália ao ciberataque contra a Sony em 24 de novembro.

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