Agência France-Presse
postado em 27/12/2014 17:26
Os combatentes curdos assumiram o controle de "mais de 60%" da cidade de Kobane, assediada pelo grupo Estado Islâmico (EI) há mais de três meses, informaram neste sábado uma ONG e militantes locais. A cidade curda do norte da Síria, na fronteira com a Turquia, se converteu no símbolo da luta contra o Estado Islâmico, que chegou a controlar mais da metade de Kobane após a ofensiva lançada em 16 de setembro.
Apoiadas por ataques aéreos da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, "as forças curdas controlam agora mais de 60% da cidade", disse à AFP Rami Abdel Rahman, diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
"O EI se retirou, inclusive, das zonas fora do controle curdo por medo das minas", informou Rahman.
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[SAIBAMAIS]Um militante curdo de Kobane, Mustafah Ebdi, informou à AFP que Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG, milícia que defende Kobane) "avançaram em toda a linha de frente em direção ao leste na última semana".
Os extremistas se retiraram da zona do quartel-general das YPG, no norte da cidade, e dos bairros do sul e do centro de Kobane, segundo o OSDH.
Há dois dias, a milícia curda chegou ao prédio da prefeitura, que está completamente destruído pelos combates, explicou Edbi.
"O avanço dos curdos foi possível - em grande parte - pelas incursões aéreas da coalizão", destacou o militante. "Os jihadistas estão cavando túneis após o fracasso de sua tática com carros-bomba e ataques suicidas".
A coalizão liderada pelos Estados Unidos atingiu o Estado Islâmico com 39 ataques aéreos entre quinta e sexta-feira, incluindo contra várias posições em Kobane, segundo o Pentágono.
As incursões aéreas em Kobane, conhecida como Ain al-Arab em árabe, destruíram 17 posições de combate do grupo islâmico, assim como prédios, armazéns e veículos.