É preciso travar "a batalha das eleições com responsabilidade", já que "desta luta depende a permanência do país na Europa", disse Samaras durante um encontro com o presidente da República, Carolos Papoulias, para propor oficialmente a dissolução do Parlamento e a organização de eleições antecipadas após o fracasso na segunda-feira da eleição de um novo presidente pelos deputados.
[SAIBAMAIS]Samaras foi nesta terça-feira ao palácio presidencial pedir oficialmente a dissolução do parlamento, após o fracasso dos deputados em escolher um novo presidente da República, e a convocação de eleições legislativas para 25 de janeiro.
A preocupação provocada na Europa por uma possível vitória do Syriza, que quer pôr fim às políticas de austeridade e discutir com os credores uma nova reestruturação da dívida, ficou patente poucas horas depois do anúncio de eleições antecipadas.
O FMI suspendeu sua ajuda até a formação do novo governo e o ministro da Economia alemão, Wolfgang Schaüble, reafirmou que não há "nenhuma alternativa" às reformas feitas pela Grécia.
Tanto os credores como Antonis Samaras levantaram a possibilidade de saída da Grécia da zona do euro, sobretudo nas últimas eleições legislativas, de junho de 2012, quando o país se encontrava em plena crise.
No entanto, com a melhora da economia grega nos últimos anos, nem os mercados nem os parceiros europeus parecem estar tão preocupados como há dois anos.
Os analistas ressaltam que a Grécia não está na mesma situação que em 2012, e que o Syriza tem moderado suas posições nos últimos anos, motivo pelo qual não se considera que o país deixará a zona do euro.