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Conselho de Segurança vota contra resolução palestina

A resolução estabelecia um prazo de doze meses para se obter um acordo final de paz e pedia a retirada total de Israel do território palestino antes de final de 2017

Agência France-Presse
postado em 30/12/2014 22:52
O Conselho de Segurança das Nações Unidas rejeitou nesta terça-feira a resolução palestina sobre um acordo de paz com Israel, após os votos contrários de Austrália e Estados Unidos.

França, China e Rússia - três membros permanentes do Conselho - votaram a favor e outros cinco países se abstiveram, derrubando a resolução, que necessitava de nove votos no Conselho de Segurança.

A resolução estabelecia um prazo de doze meses para se obter um acordo final de paz e pedia a retirada total de Israel do território palestino antes de final de 2017.

"Esta resolução estabelece um cenário de mais divisão, não de compromisso", disse a embaixadora dos Estados Unidos junto à ONU, Samantha Power.



O representante da Jordânia no Conselho de Segurança solicitou a votação do texto elaborado pelos palestinos, que buscam expandir o papel das Nações Unidas nos esforços de paz no Oriente Médio.

Os Estados Unidos rejeitavam a resolução sob o argumento de que os prazos eram arbitrários e não atendiam às preocupações de segurança de Israel.

"Este texto aborda as preocupações de apenas um lado" do conflito, disse Power.

Nos últimos dois dias, o secretário americano de Estado, John Kerry, telefonou para 13 ministros das Relações Exteriores de países membros do Conselho para explicar a posição dos Estados Unidos.

Washington não precisou utilizar o direito de veto que lhe concede o status de membro permanente do Conselho de Segurança, mas sua posição provocou a ira dos países árabes aliados dos Estados Unidos na coalizão que combate os jihadistas do Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque.

Na segunda-feira, os palestinos incluíram mudanças em seu projeto de resolução, pedindo que Jerusalém Oriental - ocupada e anexada - seja a capital do Estado Palestino, exigindo o fim da colonização israelense e reafirmando o caráter ilegal do muro de separação.

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