Na primeira missa de 2015, o Papa Francisco fez um apelo contra a escravidão e tráfico humano, dois problemas que atingem, ainda hoje, a parcela menos favorecida da população mundial. Na Basília de São Pedro, em comemoração ao Dia Mundial da Paz da Igreja Católica Romana, o pontífice reforçou que todos têm o direito dado por Deus à liberdade.
"Todos nós somos chamados (por Deus) para sermos livres, todos somos chamados para sermos filhos e filhas, e cada um, de acordo com as suas responsabilidades, é chamado para combater as formas modernas de escravidão. Todas as pessoas, culturas e religiões, vamos juntar forças", disse o Papa Francisco na celebração.
Ele defendeu migrantes e trabalhadores, afirmando que eles são uma questão central do papado. Depois da missa, o pontífice fez um discurso de ano novo para os fiéis. "A paz é sempre possível, mas nós temos que buscá-la. Vamos rezar pela paz", pediu à multidão.
De acordo com a Walk Free Foundation, uma organização australiana de direitos humanos, quase 36 milhões de pessoas são escravizadas para tráfico e prostituição, ou são forçados a regimes de trabalho manual abusivos. O relatório indicou, inclusive, que uma parcela já nasceu dentro deste sistema.