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Paquistão autoriza tribunais militares a julgar casos de terrorismo

Um grupo de talibãs armados invadiu uma escola para filhos de militares no Paquistão, cometendo um massacre que levou a um combate de cinco horas

Agência France-Presse
postado em 06/01/2015 14:47

Soldados paquistaneses verificam armas apreendidas durante operações de busca contra gangues criminosas e organizações terroristas

Islamabad- O parlamento paquistanês autorizou nesta terça-feira (6/1) aos tribunais militares a julgar os casos de suposto terrorismo depois do ataque talibã contra um colégio em 16 de dezembro, que 150 mortos, entre eles 134 crianças.

[SAIBAMAIS]A medida foi aprovada depois que membros das duas câmaras do parlamento votaram com uma maioria de mais de dois terços uma emenda à Constituição para estabelecer estas cortes especiais. Um grupo de talibãs armados invadiu uma escola para filhos de militares no Paquistão, cometendo um massacre que levou a um combate de cinco horas.

Muitos alunos foram executados com tiros na cabeça. Segundo testemunhas, uma forte explosão sacudiu a escola pública. Depois disso, os terroristas - que usavam uniformes militares -, percorreram sala por sala atirando nos estudantes.

O ataque, reivindicado imediatamente pelo Movimento dos Talibãs do Paquistão (TTP, nas siglas em inglês), principal grupo extremista islâmico do país, foi o pior da história do Paquistão e é muito significativo porque teve como vítimas os filhos de integrantes das forças de ordem.



O recorde anterior de vítimas remontava a dezembro de 2007, quando 139 pessoas morreram em um atentado em Karachi, entre elas a ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, que acabava de voltar ao Paquistão.

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