Mundo

Obama está disposto a vetar projeto que autoriza oleoduto Keystone XL

'Se o Congresso aprovar esta lei, o presidente não vai assiná-la', declarou Josh Earnest, porta-voz do Executivo americano

Agência France-Presse
postado em 06/01/2015 19:21
Washington- O presidente americano, Barack Obama, estaria disposto a vetar um projeto de lei do Congresso que autoriza a construção do controverso oleoduto Keystone XL entre os Estados Unidos e o Canadá, advertiu a Casa Branca nesta terça-feira (6/1), destacando a necessidade de respeitar o processo administrativo em curso.

"Se o Congresso aprovar esta lei, o presidente não vai assiná-la", declarou Josh Earnest, porta-voz do Executivo americano, acrescentando que, no fundo, Obama não tomou sua decisão sobre o tema sensível, transformado por seus adversários republicanos, atualmente em maioria no Congresso, em um símbolo político.

A Câmara de Representantes votará nesta sexta-feira (9/1) um texto que autoriza o início imediato da construção do oleoduto Keystone XL. A maioria republicana é capaz de aprovar com facilidade o documento, que deve, em seguida, receber o aval da Câmara e do Senado, antes de chegar às mãos de Obama.

"Existe um processo bem estabelecido (de exame do projeto), que não deve ser afetado por uma proposta de lei", acrescentou Earnest. O projeto colossal, da empresa TransCanada, apoiado firmemente por Ottawa, está suspenso há seis anos por decisão do governo Obama. Mas os republicanos têm a intenção de aprová-lo.



Para os republicanos, o projeto é sinônimo de empregos e independência energética, mas a maioria dos democratas são hostis à obra por causa dos riscos ambientais que representa. Com 1.900 km de extensão - dos quais 1.400 km são nos Estados Unidos - a Keystone XL permitirá transportar areias betuminosas do oeste do Canadá até as refinarias do Golfo do México.

Em novembro, o Senado americano - na época, controlado pelos democratas - rechaçou com escassa maioria uma lei que tinha autorizado a construção imediata do oleoduto. Se o presidente exercer seu veto, as duas câmaras poderão superá-lo, mas precisariam de uma maioria de dois terços, algo difícil de conseguir sem o apoio de um grande número de democratas.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação