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O Conselho Francês do Culto Muçulmano (CFCM) condenou nesta quarta-feira como um ato de barbárie o atentado de inspiração islamita contra a revista satírica Charlie Hebdo em Paris, que deixou ao menos 12 mortos.
"Este ato bárbaro de uma extrema gravidade também é um ataque contra a democracia e a liberdade de imprensa", afirma em nome dos "muçulmanos da França" esta instância representativa da comunidade muçulmana mais numerosa da Europa, formada por entre 3,5 e 5 milhões de pessoas.
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Seu presidente, o reitor da Grande Mesquita de Paris Dalil Boubakeur, planeja visitar durante a tarde o local da tragédia, segundo pessoas próximas.
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O atentado cometido por dois homens encapuzados e fortemente armados deixou ao menos 12 mortos e dizimou a redação da Charlie Hebdo. Segundo testemunhas, os agressores gritaram "vingamos o profeta".
O CFCM expressa sua solidariedade com as vítimas e suas famílias "ante este drama de importância nacional".
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"Em um contexto internacional político de tensões alimentadas pelos delírios de grupos terroristas que se valem injustamente do Islã, convocamos todos os que estão atados aos valores da República e da democracia a evitar as provocações que só servem para jogar mais lenha na fogueira", prossegue.
O Conselho convoca, por sua vez, a "comunidade muçulmana a se mostrar vigilante diante das eventuais manipulações de grupos com intenções extremistas, sejam quais forem".
Em outro comunicado, a União de Organizações Islâmicas da França (UOIF), próxima à Irmandade Muçulmana, condenou "da maneira mais firme este ataque criminoso e estes horríveis assassinatos".