A vice-presidente do Governo espanhol, Soraya Sáenz de Santamaría, disse nesta quinta-feira (8/1) que Madri elevou o nível de alerta terrorista apenas "por prudência", na sequência do atentado em Paris, considerando que Espanha "é um dos países mais seguros do mundo".
[SAIBAMAIS]Soraya afirmou hoje em entrevista à Rádio Cope que o trabalho das forças de segurança na Espanha "é eficaz", mas ressalvou que "o risco zero não existe". Na sequência do atentado de quarta-feira (7/1) em Paris, no qual 12 pessoas morreram após ataque ao semanário francês Charlie Hebdo, a Espanha elevou o nível de alerta terrorista de dois para três.
A subida do nível de alerta para três seguiu-se à ativação urgente de um plano preventivo para proteger infraestruturas que poderiam ser alvo de atentados, como estações de metrô, trens e ônibus, aeroportos, centrais nucleares e sistemas elétricos. O plano implica um reforço policial nestes pontos críticos, mas também nas ruas das principais cidades.
"Temos forças de segurança muito eficazes. A Espanha é um dos países mais seguros do mundo, ainda que também seja certo de que o risco zero não existe", disse a dirigente. Na Espanha, o nível dois de alerta significa que as forças de segurança detectaram um "risco elevado" de atentado, o nível três implica a ativação de aparato policial e o nível quatro significa que o risco de atentado é "extremo".
O país estava em nível dois desde 9 de setembro, porque as forças de segurança perceberam o regresso de combatentes jihadistas da Síria e do Iraque. A última vez em que a Espanha esteve no nível três de alerta foi durante a proclamação do rei Felipe VI, em junho. "Elevou-se o nível de alerta de forma transitória por prudência. A Espanha é um país que sabe como lutar [contra o terrorismo] e que tem uma boa segurança", acrescentou Soraya.
O governo e o Parlamento espanhóis vão fazer hoje um minuto de silêncio, em sinal de apoio a França pelo ataque terrorista. Como o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, está em visita a Andorra, será a vice-presidente que encabeçará a homenagem no Palácio de Moncloa, sede do governo.