postado em 09/01/2015 19:44
O grupo extremista Al-Qaeda na Península Arábica reivindicou a autoria do atentado terrorista que matou 12 pessoas em uma revista de humor em Paris, nesta sexta-feira (9/12). Um integrante da organização jihadista, em entrevista à Associated Press, disse que o "alvo foi escolhido com cuidado" e o ataque foi "vingança à honra" do profeta islâmico Maomé, frequentemente retratado em charges da revista Charlie Hebdo, alvo do atentado. Um dirigente religioso da rede Al-Qaeda na Península Arábica (Aqpa), ligada aos irmãos Kouachi, ameaçou a França com novos atentados, informou o centro americano de vigilância na Internet.
Em um vídeo divulgado na internet, Narit al Nadari, uma autoridade da AQPA, falou ao povo francês. "Não estarão em segurança enquanto combaterem Alá, seu mensageiro e seus fiéis", disse.
"Proteger os muçulmanos"
[SAIBAMAIS]A agência de notícias cita pronunciamento em que o jihadista explica: "A França foi o alvo por causa de seu óbvio papel na guerra contra o Islã e nações oprimidas". O texto cita advertências do falecido líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden sobre as consequências da blasfêmia contra santidades muçulmanas.
Ele alerta que "proteger os muçulmanos" é princípio sagrado. "Aqueles que cometem blasfêmia pagarão um preço caro e a punição será severa", acrescenta. Segundo o pronunciamento, crimes dos países ocidentais, "principalmente América, Grã-Bretanha e França vão sair pela culatra".
O integrante do grupo deu a declaração sob condição de anonimato porque não está autorizado a se identificar, pela organização, segundo a agência. A mesma afirmação em árabe foi mais tarde postada no Twitter por usuários conhecidos por serem simpatizantes de Al-Qaeda. O membro disse que o grupo adiou a sua declaração oficial de responsabilidade por "razões de segurança".
Terroristas
Nas duas ações coordenadas da polícia francesa nesta sexta - em uma gráfica onde os irmãos suspeitos do primeiro ataque se escondiam e no mercado judeu onde várias pessoas foram feitas reféns - três suspeitos de terrorismo foram mortos. Sa;d e Chérif Kouachi, autores do atentado terrorista contra a revista francesa Charlie Hebdo, e Amedy Coulibaly, envolvido na morte de uma policial e no sequestro no mercado judeu. Outra suspeita, Hayat Boumeddiene, que também participou da tomada de reféns no mercado, conseguiu escapar e segue foragida.
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