Agência France-Presse
postado em 09/01/2015 22:28
O atentado jihadista ao jornal satírico "Charlie Hebdo" e o ataque à loja de produtos kasher expuseram a Inteligência francesa e falhas de segurança - avaliou a organização de defesa dos direitos humanos Simon Wiesenthal Center, nesta sexta-feira.O fundador e diretor desse centro baseado em Los Angeles, o rabino Marvin Hier, afirmou ainda que os milhares de imãs na França deveriam se pronunciar mais, na comunidade muçulmana, contra o extremismo.
Em declaração após a morte dos quatro reféns na loja de produtos judaicos, ele disse que as autoridades francesas precisam, claramente, fazer mais.
"Eles deveriam, certamente, estar fazendo mais para descobrir quem está entrando no país (...) Obviamente, tem sido um desastre para eles", declarou à AFP, referindo-se, sobretudo, aos jihadistas que chegam à França procedentes de lugares como a Síria.
"Como eles chegaram ao país? Eles não apenas voaram pelo céu", ironizou.
Segundo Hier, há cerca de seis mil imames com grande influência sobre os muçulmanos na França.
"Eles [os agressores] não deveriam poder sair impunemente", frisou.
O rabino acrescentou que o mundo não pode mais fingir que os fundamentalistas islâmicos são algumas poucas células isoladas. "Não estamos lidando com algumas centenas de jihadistas. Estamos lidando com milhões", alertou.