postado em 10/01/2015 09:07
A polícia francesa segue com as buscas, neste sábado (10/1), de Hayat Boumeddiene, envolvida nos atentados de Paris e companheira de Amedy Coulibaly, segundo o jornal francês Le Figaro. A polícia voltou neste sábado ao mercado que foi cenário da tragédia para tentar recolher mais pistas que possam sugerir o paradeiro da jihadista.
Hayat é suspeita de participar da morte de uma policial em um tiroteio em Paris na quinta-feira, ao lado de Coulibaly. De acordo com a CNN, Hayat também teria conseguido fugir do atentado em um mercado no leste de Paris, na última sexta-feira, no qual Coulibaly foi morto. Antes de morrer, em entrevista para o canal de televisão francês BFMTV, Coulibaly disse, entretanto, que Hayat não estava com ele no local.
Ainda segundo o Le Figaro, em 2014, Hayat conversou por telefone 500 vezes com a esposa de Chérif Kouachi, um dos supostos autores do atentado ao jornal Charlie Hebdo.
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Segundo a imprensa francesa, Hayat mantinha um relacionamento com Coulibaly desde 2010. Acredita-se que ela tenha recebido treinamento jihadista em Cantal, uma região montanhosa no sul da França. Segundo o jornal Le Monde, ela já foi interrogada por autoridades antiterrorismo em 2010 e relatou que praticou tiro durante uma visita ao extremista Djamel Beghal, em Murat.
Entenda
A tensão na França começou na última quarta-feira (7/1) quando dois jihadistas mataram 12 pessoas dentro da redação da revista de humor Charlie Hebdo. Os irmãos extremistas apontados como responsáveis pelo ataque, foram mortos pela polícia nesta sexta-feira (9/1). Ao mesmo tempo, autoridades continham outro ataque, em um mercado judeu ; cinco pessoas morreram, incluindo o autor do sequestro.
Al-Qaeda
Em um vídeo divulgado na internet, Narit al Nadari, uma autoridade da Al Qaeda na Península Arábica, falou ao povo francês. "Não estarão em segurança enquanto combaterem Alá, seu mensageiro e seus fiéis", ameaçou. Um militante do grupo jihadista, em pronunciamento enviado a agência de notícias, disse que o ataque à revista foi coordenado pela Al-Qaeda, como "vingança à honra do profeta Maomé". O líder islâmico era citado com frequência nas sátiras do Charlie Hebdo.
Uma suspeita à solta
Nas duas ações coordenadas três suspeitos de terrorismo foram mortos ; Sa;d e Chérif Kouachi, autores do atentado terrorista contra a revista francesa Charlie Hebdo, e Amedy Coulibaly, envolvido na morte de uma policial e no sequestro no mercado judeu. A outra suspeita, Hayat Boumeddiene, conseguiu escapar e segue foragida.