[SAIBAMAIS]"Sem dúvida alguma, a cooperação dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) que estão na mesma linha poderá permitir que se neutralize os planos de certas potências contra a Opep e estabilizar os preços em um nível aceitável em 2015", declarou Rohani durante sua reunião com Maduro.
O presidente venezuelano também pediu "a cooperação dos países exportadores para voltar a trazer estabilidade para os preços do petróleo, que é um produto estratégico". Maduro chegou a Teerã na madrugada deste sábado para uma visita de 24 horas, a primeira que faz a este país desde que assumiu a presidência em 2013.
Maduro chegou a Teerã na madrugada deste sábado para uma visita de 24 horas, a primeira que faz a este país desde que assumiu a presidência em 2013.
Irã e Venezuela são membros da Opep e sofrem com a forte queda do petróleo a menos de 50 dólares o barril. Os dois países criticam a posição da Arábia Saudita, atualmente na chefia do cartel, que negou uma redução da produção da Opep para frear a queda das cotações.
Os dois países criticam a posição da Arábia Saudita, atualmente na chefia do cartel, que negou uma redução da produção da Opep para frear a queda das cotações.
O líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, denunciou "a estranha baixa do preço do petróleo em tão pouco tempo", considerando "que apenas pode ser um ato político e econômico".
"Nossos inimigos comuns utilizam o petróleo como uma ferramenta política e desempenham, sem dúvidas, um papel na queda das cotações", declarou Khamenei em clara alusão aos Estados Unidos e Arábia Saudita.
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Teerã e Caracas reforçam há anos suas relações políticas e econômicas. Os ex-presidentes Mahmud Ahmadinejad e Hugo Chávez estreitaram suas relações com base em sua política comum contra os Estados Unidos.
Rohani disse que o Irã prosseguirá com sua cooperação com a Venezuela nos setores da moradia, transporte, indústria, alimentação e medicamentos. Maduro destacou, por sua vez, que a Venezuela é uma boa base para as exportações iranianas para a América Latina.
Irã e Venezuela criticam a posição da Arábia Saudita, o membro mais influente do cartel, e que na reunião da Opep de novembro recuso um corte da produção para frear a queda de suas cotações.
Segundo vários analistas do setor, a aposta estratégica da Arábia Saudita consiste em manter os preços muito abaixo por um tempo para introduzir no mercado os produtores de petróleo de xisto, principalmente os americanos.