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Procurada, namorada de terrorista de Paris estaria na Síria, dizem jornais

Hayat Boumeddiene teria voado para Istambul em 2 de janeiro e, posteriormente, chegado à Síria

postado em 10/01/2015 14:58

Hayat Boumeddiene teria voado para Istambul em 2 de janeiro e, posteriormente, chegado à Síria

Hayat Boumeddiene, supostamente envolvida nos atentados de Paris e procurada pela polícia francesa desde então, teria voado para Istambul em 2 de janeiro e, posteriormente, chegado à Síria, informam os jornais franceses Le Monde, Le Figaro e Lebération. Segundo a AFP, ela estaria na Turquia no momento do assassinato da policial francesa - crime do qual também é suspeita.

"Ela entrou na Turquia em 2 de janeiro (...) Achamos que ela tenha estado em Urfa (sudeste) uma semana depois, sem ter prova disso. A suspeita está, agora, provavelmente, na Síria", declarou a fonte consultada pela AFP, garantindo que a Turquia não prendeu Hayat Boumeddienne devido à falta de informações por parte do governo francês.

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Segundo a mesma fonte, a jovem tinha um bilhete de ida e volta Madri-Istambul.

A fonte de segurança turca afirmou que a suspeita não foi detida pelas autoridades de Ancara por não terem sido informadas, pelo governo de Paris, sobre seu perfil perigoso.

"Não houve troca de informação (de Inteligência). Por isso, não pudemos impedir (sua entrada na Turquia)", completou a fonte.

"Não podemos nos permitir o luxo de impedir quem quer que seja de entrar, sem informação", frisou.
"Se tivéssemos tido essa informação a tempo, teríamos podido extraditá-la", ressaltou a fonte da AFP


De acordo com a fonte policial ouvida pelo Le Figaro, imagens de vigilância atestariam o paradeiro de Boumeddiene. ;As autoridades de Istambul viram uma mulher com o perfil correspondente ao da jovem na fronteira sírio-turca na quinta-feira (8/1). Ou seja, o dia em que Amedy Coulibaly matou a policial municipal de Montrouge;, escreve o jornal.

Contradições na investigação
Hayat é apontada como suspeita de participar justamente da morte da policial em um tiroteio em Paris na quinta-feira, ao lado de Coulibaly. De acordo com a CNN, a jovem também teria conseguido fugir do atentado em um mercado no Leste de Paris, na última sexta-feira, no qual Coulibaly foi morto. Em entrevista ao canal de televisão francês BFMTV, Coulibaly disse, entretanto, que Hayat não estava com ele no local, versão convergente com as recentes suspeitas da polícia.

Ainda segundo o Le Figaro, em 2014, Hayat conversou por telefone 500 vezes com a esposa de Chérif Kouachi, um dos autores do atentado ao jornal Charlie Hebdo.

[SAIBAMAIS]

Segundo a imprensa francesa, Hayat mantinha um relacionamento com Coulibaly desde 2010. Acredita-se que ela tenha recebido treinamento jihadista em Cantal, uma região montanhosa no Sul da França. Segundo o jornal Le Monde, ela já foi interrogada por autoridades antiterrorismo em 2010 e relatou que praticou tiro durante uma visita ao extremista Djamel Beghal, em Murat.



Entenda
A tensão na França começou na última quarta-feira (7/1) quando dois jihadistas mataram 12 pessoas dentro da redação da revista de humor Charlie Hebdo. Os irmãos extremistas apontados como responsáveis pelo ataque, foram mortos pela polícia nesta sexta-feira (9/1). Ao mesmo tempo, autoridades continham outro ataque, em um mercado judeu ; cinco pessoas morreram, incluindo o autor do sequestro.

Al-Qaeda
Em um vídeo divulgado na internet, Narit al Nadari, uma autoridade da Al Qaeda na Península Arábica, falou ao povo francês. "Não estarão em segurança enquanto combaterem Alá, seu mensageiro e seus fiéis", ameaçou. Um militante do grupo jihadista, em pronunciamento enviado a agência de notícias, disse que o ataque à revista foi coordenado pela Al-Qaeda, como "vingança à honra do profeta Maomé". O líder islâmico era citado com frequência nas sátiras do Charlie Hebdo.

Irmãos Kouachi
Nas duas ações coordenadas três suspeitos de terrorismo foram mortos ; Sa;d e Chérif Kouachi, autores do atentado terrorista contra a revista francesa Charlie Hebdo, e Amedy Coulibaly ; namorado de Hayat ;, envolvido na morte da policial e no sequestro no mercado judeu.

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