Nathale Martins
postado em 11/01/2015 14:10
Os franceses tomam as ruas de Paris neste domingo (11/1) em meio à tensão provocada pelo mais grave ataque terrorista na França dos últimos anos, realizado contra a revista Charlie Hebdo, deixando 12 mortos.
Sobreviventes do ataque à revista Charlie Hebdo, como o designer especial Luz e Patrick Pelloux, também estão presentes no ato, em Paris. No entanto, nem todos os sobreviventes aprovam o apoio dos líderes mundiais. O cartunista holandês Willem, que trabalha no jornal Charlie Hebdo, afirmou neste sábado (10/1) à imprensa francesa que "vomita sobre quem, de repente, diz ser amigo", após o ataque contra o periódico satírico.
[SAIBAMAIS] Após caminhar lado a lado com vários dirigentes mundiais que participam da marcha, o presidente francês François Hollande fez questão de abraçar e conversar com os familiares das 17 vítimas fatais dos ataques jihadistas em Paris. Ele conversou e abraçou os presentes em uma cena que comoveu a multidão.
Elsa Wolinski, filha do criador da revista Charlie Hebdo, Georges Wolinski, morto na quarta-feira (7/1), falou com jornalistas e pediu para que as pessoas não se entreguem ao ódio e ao precoceito. "Nessa coisa sórdida existe algo maravilhoso, Wolinski morreu com os amigos", afirmou a filha do artista.
O ato, denominado de ;marcha republicana;, é uma demonstração de união diante da violência extremista. Mais de 1 milhão de pessoas estão presentes na marcha neste domingo.