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Afeganistão nomeia governo mais de 3 meses depois da posse de Ghani

A lista dos 25 novos ministros do "governo de unidade nacional" foi lida por Abdul Salam Rahimi, chefe de gabinete de Ghani

Agência France-Presse
postado em 12/01/2015 11:10
Cabul- O presidente Ashraf Ghani nomeou nesta segunda-feira (12/1) um novo governo, três meses depois de vencer as eleições presidenciais em meio a acusações de fraude. A lista dos 25 novos ministros do "governo de unidade nacional" foi lida por Abdul Salam Rahimi, chefe de gabinete de Ghani, durante uma cerimônia realizada no palácio presidencial em Cabul.

O novo governo assumirá suas funções depois de receber o voto de confiança do parlamento. Ghani tomou posse em setembro, depois de assinar um acordo para compartilhar o poder com seu adversário nas eleições, Abdulah Abdulah. O governo de unidade nacional evitou uma incipiente guerra civil depois que os dois candidatos proclamaram sua vitória nas eleições.

As longas negociações para nomear um gabinete levaram a um estancamento político que ameaça incentivar os rebeldes talibãs. A lista dos 25 novos ministros foi lida por Abdul Salam Rahimi, chefe de gabinete de Ghani, em uma cerimônia no palácio presidencial em Cabul.

Escolher os ministros se revelou uma tarefa complexa pelas divisões étnicas do país. Ghani, ex-economista do Banco Mundial, tem um apoio amplo das tribos pashtuns do sul e leste do país, enquanto que Abdulah, um combatente da resistência antitalibã, tem o apoio dos tadjicos e outras tribos do norte. O ministério da Defesa, um posto-chave num momento em que as forças afegãs têm de assumir a retirada das tropas da Otan, foi entregue a Sher Mohammad Karimi, da etnia pashtun.



Para o ministério do Interior, foi escolhido Noorul Haq Ulumi, um pashtun mais ligado a Abdulah, enquanto que para a pasta de Finanças o nome escolhido foi o de Ghulam Jailani Popal, pertencente também a este grupo étnico do sul do país, mas mais ligado ao presidente. Entre as nomeações, há a de três mulheres, escolhidas para dirigir os ministérios da Educação Superior, Informação e Cultura e Assuntos da Mulher.

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