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Netanyahu presta homenagem às vítimas do mercado judeu em Paris

Netanyahu, que também acendeu uma vela diante do mercado, foi cumprimentado por algumas pessoas, que chegaram a cantar o hino francês

Agência France-Presse
postado em 12/01/2015 14:13
Paris - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prestou homenagens nesta segunda-feira no supermercado de produtos judaicos em Paris, onde quatro judeus foram assassinados por um jihadista.

Aclamado aos gritos de "Bibi, Bibi", seu apelido, o dirigente israelense, cercado por um forte esquema de segurança, se inclinou ante as flores depositadas em frente à loja.

Netanyahu, que também acendeu uma vela diante do mercado, foi cumprimentado por algumas pessoas, que chegaram a cantar o hino francês.

O premiê estava acompanhado de seu ministro das Relações Exteriores, Avigdor Liberman, e fez breves declarações em hebraico para a imprensa de seu país, antes de deixar o lugar.

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Depois de participar no domingo na marcha contra os atentados ao lado do presidente francês, François Hollande, e dezenas de outros líderes mundiais, os dois dirigentes israelenses assistiram a uma homenagem às vítimas na Grande Sinagoga de Paris.

O premiê, que chegou a incomodar as autoridades francesas ao chamar os judeus da França a voltar para Israel, expressou seu apreço pela posição firme da França contra o que chamou de "novo antissemitismo".

Netanyahu proclamou o direito dos judeus de "viver em segurança no lugar que escolheram, particularmente na França", e assegurou que "Israel sempre os receberá com os braços abertos".

Um número recorde de 7.000 judeus imigraram da França para Israel no ano passado, e teme-se que o ataque ao mercado judeu aumente a cifra para 8.000 a 9.000, afirmou a Agência Judia citada nesta segunda-feira pelo jornal Le Monde.

Os quatro judeus assassinados em Paris serão enterrados em Israel, em uma cerimônia nesta terça-feira no Monte das Oliveiras de Jerusalém.

Convite controvertido
Segundo a imprensa israelense noticiou nesta segunda-feira, Benjamin Netanyahu teria se convidado para participar da manifestação de domingo em Paris, apesar de a Presidência francesa pedir para que ele não fosse.

Irritada com a insistência, a Presidência da França respondeu ao governo de Netanyahu dizendo que convidaria o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, para participar na marcha, indicaram ao Canal 2 e outros meios de comunicação israelenses. A imprensa atribuiu a insistência israelense à campanha eleitoral em curso visando às eleições legislativas de 17 de março.

Segundo o jornal Haaretz, quando a França começou a enviar os convites, o conselheiro diplomático de Hollande, Jacques Audibert, indicou ao conselheiro de segurança nacional de Netanyahu, Yossi Cohen, que o presidente francês preferia que o premiê israelense não viajasse a Paris. Hollande não queria que o conflito israelense-palestino desviasse a atenção da mensagem da manifestação.

Em um primeiro momento, Netanyahu teria aceitado. Mas quando soube no sábado à noite que o chanceler Avigdor Lieberman e o ministro da Economia, Naftali Bennett, iriam a Paris se encontrar com a comunidade judia, Netanyahu informou sobre sua participação.

Lieberman e Bennett lideram listas da direita e disputarão com Netanyahu as legislativas de março. Ainda não houve reação oficial do governo israelense ou francês a estas informações.

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