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Washington lamenta não ter enviado alto funcionário à marcha de Paris

Os Estados Unidos foram representados na passeata pela embaixadora na França, Jane Hartley

Agência France-Presse
postado em 12/01/2015 17:43
Washington, Estados Unidos - A Casa Branca lamentou, nesta segunda-feira, não ter enviado um funcionário de mais alto perfil na "marcha republicana" de domingo, em Paris, que reuniu mais de um milhão de pessoas, entre elas 50 líderes mundiais.

"Deveríamos ter enviado alguém de mais alto perfil" para que estivesse ali, disse o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, respondendo às críticas da imprensa americana sobre a ausência do presidente Barack Obama ou do vice, Joe Biden, na manifestação, que contou com a participação de vários chefes de Estado e de governo internacionais.

Os Estados Unidos foram representados na passeata pela embaixadora na França, Jane Hartley. Earnest disse que Obama teria gostado de ir, mas sugeriu que as demandas de segurança e o curto tempo de planejamento o impediram de fazê-lo.

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"As exigências de segurança em torno de um visitante do nível de um presidente ou mesmo de um vice-presidente são onerosas e significativas", afirmou. "Em uma situação como esta, elas têm um impacto bastante significativo sobre cidadãos que estão tentando participar de um grande evento público, como este", acrescentou.

Cerca de 1,5 milhão de pessoas lotaram as ruas da capital francesa, este domingo, para homenagear as 17 pessoas mortas nos ataques, em Paris, que começaram na semana passada com uma chacina no jornal satírico francês Charlie Hebdo, na quarta-feira, e terminaram com uma tomada de reféns em uma loja de produtos judaicos.

Cinquenta líderes mundiais se uniram ao presidente francês, François Hollande, na marcha, inclusive o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, e o presidente palestino, Mahmud Abbas, em uma demonstração de unidade que ganhou as manchetes de todo o mundo.

Segundo Earnest, apesar do relativamente baixo perfil da representação americana, "não deveria haver e não há nenhuma dúvida, na cabeça das pessoas da França ou do mundo e, certamente entre nossos inimigos, sobre quão comprometidos os Estados Unidos estão com oum forte relacionamento com a França".

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