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Mortes nos canais de Manchester alimentam temor de assassino em série

Nove corpos foram encontrados flutuando nos canais de Manchester em 2014 e 8 em 2013

Agência France-Presse
postado em 14/01/2015 17:11
Londres- Manchester, a cidade do norte da Inglaterra, descobriu em seus canais vários mortos e, embora a polícia não veja nada de suspeito, a advertência de um especialista provocou temores de que haja um assassino serial na região.

A polícia rejeitou a teoria do professor Craig Jackson, diretor do departamento de psicologia da Universidade de Birmingham, que gerou grande preocupação entre a população local e levou as autoridades a anunciar uma análise da segurança nos canais que atravessam a cidade.

Nove corpos foram encontrados flutuando nos canais de Manchester em 2014 e 8 em 2013, quase todos homens, de acordo com um jornal local com base em notícias publicadas pelo jornal Manchester Evening News, números elevados para uma única zona.

"Eu olho para o que acontece com a mente aberta. Eu não posso descartar um assassino em série", disse Jackson ao The Times. A maioria das mortes foram classificadas de suicídio ou acidente, segundo Jackson. Mas "eu estudo suicídios e posso dizer categoricamente que as pessoas raramente escolhem canais" para cometerem o ato.



"Isso nos leva a crer que a população de Manchester é particularmente desajeitada ou descuidada, o que eu não creio que seja verdade", ressaltou. A sugestão de Jackson deu origem a especulações e uma delas aponta para a existência de um assassino em série que empurraria suas vítimas bêbadas na água após roubá-las. Alguns dos canais atravessam uma das principais áreas de bares da cidade.

Os números de corpos em Manchester são elevados em comparação com as 32 mortes acidentais ou naturais e os sete suicídios em canais e aquedutos em todo o Reino Unido em 2013, de acordo com dados oficiais. Mas a polícia insistiu que não há nenhuma evidência de que tenham sido mortes violentas e que as especulações "são sem sentido e completamente falsas", disse um porta-voz à AFP.

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