Agência France-Presse
postado em 14/01/2015 19:57
Santiago- O Senado chileno aprovou nesta quarta-feira (14/1), ao final de uma longa sessão, o fim do sistema eleitoral binominal, herdado da ditadura de Augusto Pinochet, que permitia uma sobre-representaçao da direita.Depois de 21 horas de deliberações, a Câmara Alta chilena aprovou, na manhã desta quarta-feira (14/1), o fim do intrincado sistema eleitoral, criado para assegurar o peso no Congresso dos partidos conservadores perante a centro-esquerda, dando lugar a outro de caráter proporcional.
A presidente chilena, Michelle Bachelet, afirmou, após a aprovação, que o novo sistema eleitoral é um algo esperado e necessário para renovar a política chilena. "Um sistema eleitoral como o que vamos ter no nosso país, vai nos permitir uma melhor representatividade e ter mais e melhores ideias no Parlamento", disse Bachelet.
"Nós nos sentimos tremendamente orgulhosos de dizer que conseguimos algo histórico", acrescentou a presidente do Senado, Isabel Allende.
A aprovação foi obtida após várias tentativas fracassadas para reformar o sistema, instaurado em 1980, que permitia uma sobre-representação histórica no Congresso da direita e a exclusão das minorias políticas, como os partidos comunista e humanista.