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Irã cancela manifestação contra charges de Maomé na Charlie Hebdo

Na semana passada o Irã condenou o atentado, no qual 12 pessoas morreram, embora posteriormente tenha criticado os líderes que participaram da marcha contra o terrorismo

Agência France-Presse
postado em 16/01/2015 13:18
O Irã voltou a denunciar nesta sexta-feira a publicação de uma charge do profeta Maomé na revista Charlie Hebdo, no mesmo dia em que uma manifestação prevista foi cancelada sem motivo oficial.

Os organizadores, estudantes islamitas, anunciaram que a concentração havia sido cancelada, mas ressaltaram que ela será realizada na segunda-feira em frente à embaixada francesa em Teerã à espera de uma autorização oficial, segundo a agência Fars.

[SAIBAMAIS]

O anúncio foi feito no mesmo dia em que era esperada a presença em Paris do chefe da diplomacia iraniana, Javad Zarif, para prosseguir com as negociações nucleares entre o Irã e as grandes potências.

Diferentes líderes religiosos e políticos iranianos denunciaram a capa da revista satírica Charlie Hebdo, na qual é possível ver o profeta Maomé que, com uma lágrima no olho, carrega um cartaz com a frase "Je suis Charlie", símbolo do apoio à publicação atacada.



Na semana passada o Irã condenou o atentado, no qual 12 pessoas morreram, embora posteriormente tenha criticado os líderes que participaram da marcha contra o terrorismo no último domingo em Paris, acusando-os de apoiar os terroristas.

Aliado do regime sírio, o Irã considera terroristas a oposição armada a Bashar al-Assad, sejam jihadistas ou laicos moderados.

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