;Só Deus;, disse Maria de Lourdes Archer Pinto, tia do brasileiro que deverá ser fuzilado neste sábado, na Indonésia. Ela concedeu entrevista à Folha de São Paulo, após o presidente indonésio Joko Widodo, negar o pedido de clemência da presidente Dilma. "Quero que ele tenha certeza de que eu fiz tudo aquilo que pude e lutei para que não houvesse esse desfecho tão trágico. Eu ainda tinha esperança de que a coisa pudesse mudar;, lamentou.
Maria de Lourdes ainda declarou que Widodo se considera um deus. "Tenho um lado pragmático que mostra que a Indonésia tem uma Constituição. Mas no meu raciocínio o presidente poderia ter expulsado o Marco. O presidente não é Deus para tirar a vida de alguém. O Marco pode ter errado, cumpriu 11 anos preso e não merece pagar com a vida;.
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[SAIBAMAIS]O brasileiro foi preso ao tentar entrar na Indonésia, em 2004, com 13 quilos de cocaína escondidos dentro de uma asa delta. A droga, porém, foi descoberta pelo raio-x do Aeroporto Internacional de Jacarta. Apesar de fugir do aeroporto, Marco foi preso após duas semanas de buscas.
Ele recebeu nesta manhã a última visita da família, além de atendimento religioso. De acordo com o clérigo Hasan Makarim, Archer está pronto para a execução.
Seis pelotões estão prontos para executá-lo, além do malaio Namaona Denis, o holandês Ang Kiem Soei, a indonésia Rani Andriani, e o nigeriano Daniel Enemuo. A vietnamita Tran Thi Bich Hanh será executada em Boyolali, também em Java Central.