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Cinco pessoas estiveram em Madri com terrorista francês Amedy Coulibaly

Entre as cinco pessoas figurava um homem condenado anteriormente em um caso de terrorismo

Agência France-Presse
postado em 17/01/2015 14:53
O terrorista Amedy Coulibaly, um dos autores dos atentados de Paris, levou no início de janeiro cinco pessoas a Madri para que elas pegassem um avião com destino à Turquia, disse uma fonte dos serviços antiterroristas espanhóis.

Entre as cinco pessoas figurava um homem condenado anteriormente em um caso de terrorismo, indicou a fonte.

"Acreditamos que viajaram de Paris, diretamente" ao aeroporto de Barajas, sem escalas, disse a fonte.

Viajavam Coulibaly, sua companheira Boumeddiene Hayat, os irmãos Mehdi Sabry e Mohamed Belhoucine, a esposa e o filho de Mohamed, declarou esta fonte à AFP.

[SAIBAMAIS]Estas cinco pessoas "voaram no dia 2 à Turquia. As passagens foram compradas pela internet", acrescentou.

Mohamed Belhoucine, um ex-estudante de engenharia de 27 anos, foi condenado a dois anos de prisão na França por pertencer a uma filial que enviava jihadistas ao Afeganistão e Paquistão em meados dos anos 2000. Saiu da prisão em junho de 2014.

O homem havia incentivado fóruns e sites jihadistas e reproduzido mensagens.

Uma fonte policial na França havia afirmado anteriormente que Mohamed Belhoucine estava na Síria antes de 2 de janeiro e que havia provavelmente encontrado ali Boumeddiene, vista no aeroporto com um francês de 23 anos, Mehdi Sabry Belhoucine.

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Segundo o jornal espanhol El Mundo, Boumeddiene embarcou para Istambul em 2 de janeiro às 14h25. Mohamed Belhoucine e sua esposa viajaram horas depois, com o filho, segundo o jornal.

Os investigadores não detectaram "nenhum contato telefônico na Espanha" e também não foram encontrados até o momento rastros de reservas em hotéis, disse a fonte antiterrorista confirmando informações da imprensa.

Este ponto é muito importante para os investigadores, que querem saber se existe uma célula perigosa na Espanha.

Coulibaly foi abatido pela polícia em 9 de janeiro depois de ter realizado uma sangrenta tomada de reféns que deixou quatro mortos.

No dia anterior havia matado uma policial em Montrouge, um subúrbio de Paris.

Um juiz especializado em casos de terrorismo abriu um processo na quinta-feira em Madri. Deverá buscar, segundo o El Mundo, a pedido da França, os endereços IP a partir dos quais as passagens teriam sido compradas e as imagens das câmeras de segurança do aeroporto.

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