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Pessoas detidas na Grécia não têm vínculo com célula jihadista da Bélgica

No sábado, uma fonte policial grega informou que quatro pessoas haviam sido detidas e seus DNAs foram enviados à polícia belga para verificar se entre elas se encontrava Abdelhamid Abaaoud, um belga de 27 anos

Agência France-Presse
postado em 18/01/2015 08:57
As pessoas detidas no sábado na Grécia não têm nenhum vínculo com a célula jihadista desmantelada na semana passada na Bélgica, anunciou neste domingo o ministério público belga.

"Foi comprovado que não há nenhum vínculo entre estas pessoas e a investigação" na Bélgica, disse Eric Van Der Sypt, porta-voz do ministério público.

[SAIBAMAIS]

No sábado, uma fonte policial grega informou que quatro pessoas haviam sido detidas e seus DNAs foram enviados à polícia belga para verificar se entre elas se encontrava Abdelhamid Abaaoud, um belga de 27 anos de origem marroquina apresentado pela imprensa belga como líder da célula desmantelada.

O ministério público negou-se a confirmar ou desmentir que Abaaoud tivesse dirigido e financiado a célula a partir de Grécia e Turquia, como afirmam os meios de comunicação.

Este homem lutou nas fileiras do grupo Estado Islâmico (EI) na Síria, segundo a imprensa. Aparece em um vídeo no qual o EI se vangloria de cometer atrocidades, dirigindo-se ironicamente à câmera enquanto conduz um veículo carregado de cadáveres mutilados para jogá-los em uma fossa comum.

Abaaoud teria convocado a partir da Grécia o irmão de um dos dois supostos jihadistas mortos em um ataque policial na quinta-feira em Veviers (leste da Bélgica).

Treze pessoas foram detidas posteriormente em uma operação em vários locais da Bélgica, das quais cinco foram processadas por "pertencimento a um grupo terrorista". Dois suspeitos em fuga também foram detidos nos Alpes franceses.



A polícia também encontrou armas, material para a fabricação de bombas, dinheiro, assim como uniformes policiais e documentos falsos.

A célula desmantelada, integrada em parte por jihadistas procedentes da Síria, queria matar policiais na via pública e em delegacias através de atentados em todo o país, segundo o ministério público.

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