postado em 19/01/2015 09:15
A ministra australiana dos Negócios Estrangeiros, Julie Bishop, classificou nesta segunda-feira (19/1) a pena de morte uma aberração e disse que lutará até o fim pela vida dos dois australianos que estão no corredor da morte por narcotráfico na Indonésia. ;O governo australiano é contra a pena de morte em todas as instâncias e tem sido uma posição consistente de todos os governos há muitos anos e, por isso, somos contra uma situação em que cidadãos do país estejam prestes a ser executados;, disse.[SAIBAMAIS]
Os australianos Myuran Sukumaran e Andrew Chan estão no corredor da morte na Indonésia onde, no sábado (17/1), foram executados, por fuzilamento, seis condenados por tráfico de droga, entre eles o carioca Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos. Ele foi o primeiro brasileiro executado por crime no exterior.
A execução do brasileiro criou uma crise diplomática entre Brasil e Indonésia. A presidenta Dilma Rousseff ; que chegou a fazer um apelo ao presidente indonésio Joko Widodo para que Archer não fosse morto -, se disse ;consternada; e ;indignada; e convocou para consultas o embaixador do Brasil em Jacarta. No meio diplomático, a medida representa uma espécie de agravo ao país no qual está o embaixador. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse que a execução causa ;uma sombra; na relação entre o Brasil e a Indonésia.
O governo indonésio tem recusado, até o momento, qualquer pedido de clemência para os condenados à morte.