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Milhares de chechenos se manifestam contra as charges de Maomé

Aos gritos de "Allah Akhbar" ("Alá é grande"), os manifestantes levavam cartazes com corações vermelhos e inscrições em árabe proclamando seu amor pelo profeta Maomé

Agência France-Presse
postado em 19/01/2015 10:02
Cerca de 800 mil pessoas se manifestaram nesta segunda-feira em Grozni, capital da Chechênia, para protestar contra a publicação de caricaturas do profeta Maomé, 12 dias após o atentado contra a revista francesa Charlie Hebdo, informou o ministério russo do INterior.

[SAIBAMAIS]Aos gritos de "Allah Akhbar" ("Alá é grande"), os manifestantes levavam cartazes com corações vermelhos e inscrições em árabe proclamando seu amor pelo profeta Maomé, segundo imagens difundidas pela televisão russa.

"Esta é uma manifestação contra aqueles que insultam a religião muçulmana", declarou o dirigente checheno Ramzán Kadyrov aos pés da gigantesca mesquita que mandou construir no centro de Grozni em homenagem a seu pai Ahmed Kadyrov. "Não autorizaremos jamais nada que possa insultar o nome do profeta", completou, em referência às caricaturas publicadas no Charlie Hebdo.

Kadyrov havia descrito previamente os autores das caricaturas de Maomé como "pessoas sem valores espirituais e morais". Também qualificou de "inimigo de todos os muçulmanos" o ex-oligarca russo Mikhail Khodorkovski, que pediu aos meios russos que publicassem as caricaturas do profeta.

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Cerca de 15.000 pessoas se concentraram neste sábado em Inguchétia, outra república muçulmana do Cáucaso russo, para protestar contra as caricaturas de Maomé, que a mídia russa deve "abster-se de publicar", segundo instruções da autoridade russa de vigilância dos meios de comunicação, Roskomnadzor.

Apesar da Rússia ter apoiado em um primeiro momento a manifestação histórica contra o jihadismo organizada em 11 de janeiro em Paris, muitos meios de comunicação e responsáveis russos se destacam da solidariedade mundial que continua suscitando o atentando contra Charlei Hebdo, que deixou 12 mortos.

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