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Abe reafirma compromisso pacífico do Japão em memorial do Holocausto

O premiê realizou a primeira visita a Israel de um chefe de governo japonês em nove anos

Agência France-Presse
postado em 19/01/2015 11:14
Jerusalém - O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, reafirmou nesta segunda-feira em Jerusalém o compromisso de seu país com a paz e para evitar que se reproduzam tragédias como o Holocausto, durante uma visita ao memorial Yad Vashem dedicado às vítimas. "Visitei a casa de Anne Frank em Amsterdã em março do ano passado. Chego diante de vocês totalmente determinado: nunca mais o Holocausto", declarou em japonês e em hebraico após sua visita ao memorial de Yad Vashem, que costuma ser visitado por todos os convidados oficiais.

O primeiro-ministro reavivou a chama eterna e depositou flores na sala da memória, uma imponente e sombria construção de cimento e basalto

"Lembramos neste ano o 70; aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial e a libertação de Auschwitz. Comprometo-me a não voltar a permitir que tragédias como essa se reproduzam", declarou, palavras que também escreveu no livro de honra do memorial. "O Japão está determinado a contribuir de forma ainda mais ativa para a paz e a estabilidade do mundo", disse Abe.

O primeiro-ministro, que viajava sob forte proteção, reavivou a chama eterna e depositou flores na sala da memória, uma imponente e sombria construção de cimento e basalto em cujo solo aparecem os nomes dos campos de extermínio nazistas. O presidente se dirigiu posteriormente à árvore plantada em memória de Chiune Sempo Sugihara, único "justo entre as Nações" japonês, segundo o Yad Vashem, a instituição israelense criada para honrar as vítimas do Holocausto.



Este diplomata japonês de Kaunas, antiga capital da Lituânia, concedeu em 1940, contra a opinião de sua chancelaria, 3.500 vistos a judeus que tentavam fugir à Europa. Abe realizou a primeira visita a Israel de um chefe de governo japonês em nove anos. Conclui com Israel e os Territórios Palestinos um giro regional que também o levou ao Egito e à Jordânia.

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