Agência France-Presse
postado em 20/01/2015 12:07
Tóquio, Japão - Os dois reféns japoneses, que o grupo Estado Islâmico (EI) ameaça executar, entraram na Síria entre o verão e o outono boreal de 2014, e não davam notícias há semanas. Esta é a jornada desses cidadãos japoneses, Haruna Yukawa e Kenji Goto. As informações postadas na internet em agosto indicam que Yukawa, de 42 anos, foi sequestrado e espancado na Síria por militantes islamitas. Não houve reivindicação enviada às autoridades japonesas.[SAIBAMAIS]Em um vídeo visto por jornalistas da AFP, um homem se declara ser um japonês nas mãos de jihadistas do EI, provavelmente no norte da província de Aleppo. O homem, com o cabelo comprido e barba por fazer, é mostrado deitado no chão e, aparentemente, ferido na cabeça. Ele diz chamar-se Haruna Yukawa, ser "fotógrafo" e depois "jornalista e meio médico". Haruna Yukawa é o chefe de uma pequena empresa chamada Private Military Company (PMC), que tem como missão socorrer japoneses no exterior, enviando homens treinadas e várias equipes.
Antes de deixar o Japão, Yukawa sofreu várias decepções (falência de uma loja, morte de sua esposa) e tentou suicidar-se e mutilar-se várias vezes. Yukawa conhecia Kenji Goto, que seria o segundo refém. Este nasceu em 1967, em Sendai (nordeste do Japão). Ele é jornalista freelance e produtor de vídeos. Fornecia reportagens sobre o Oriente Médio para várias emissoras japonesas, incluindo a televisão estatal NHK.
Os familiares de Goto perderam contato em outubro. Em novembro, sua esposa recebeu por e-mail a exigência do pagamento de um resgate procedente, supostamente, de um membro do grupo EI, segundo o canal Fuji TV. Os e-mails de ameaça foram confirmados como tendo partido de um expedidor envolvido no assassinato do jornalista americano James Foley, acrescenta a Fuji TV.