Agência France-Presse
postado em 21/01/2015 21:06
Washington, Estados Unidos - Estados Unidos e Cuba ainda têm muita coisa a negociar antes da normalização de suas relações, após mais de cinco décadas de congelamento, estimou nesta quarta-feira o chefe da diplomacia americana, John Kerry.
"Esperamos que a política de normalização nos coloque em uma posição mais forte para avançar em nossos interesses e em nossos valores", disse Kerry à imprensa.
Os pontos que devem ser discutidos incluem a suspensão das restrições de viagens para os diplomatas, terminando com o limite ao número de missões, "o envio sem obstáculos de nossa equipe para funcionar de forma correta", assim como o livre acesso à missão diplomática dos Estados Unidos em Havana.
[SAIBAMAIS]É uma negociação que requer "consentimento mútuo", disse Kerry, quando a subsecretária de Estado para o hemisfério ocidental, Roberta Jacobson, se preparava para o segundo dia de conversações em Havana.
Jacobson, que lidera a equipe americana na capital cubana, é a funcionária de mais alto nível de Washington a pisar na Ilha desde 1980.
Nesta quarta-feira, Estados Unidos e Cuba discutiram em Havana temas migratórios, no primeiro dia de históricas conversações para preparar o restabelecimento de relações diplomáticas depois de meio século.
"Quando for o momento, terei muito interesse em viajar a Cuba para abrir formalmente uma embaixada e avançar" em nossos vínculos, destacou Kerry, após conversar com a chefe da política externa da União Europeia, Federica Mogherini.
Em seu discurso do Estado da União na terça-feira, o presidente americano, Barack Obama, pediu ao Congresso que trabalhe este ano para acabar com o embargo econômico dos Estados Unidos sobre Cuba.