Agência France-Presse
postado em 22/01/2015 21:11
Milhares de manifestantes, católicos em sua maioria, reuniram-se nesta quinta-feira no centro de Washington para a tradicional "Marcha pela vida" contra o aborto. O ato conta com o apoio do papa Francisco. O sumo pontífice visitará os Estados Unidos ainda neste outono (hemisfério norte)."Cada vida é um dom", tuitou o papa, nesta quinta, em sua conta @pontifex, usando o hashtag #marchforlife. Todo mês de janeiro, nos Estados Unidos, a "Marcha pela vida" denuncia a legalização do aborto pela Suprema Corte, em 1973. No ano passado, o papa apoiou o ato, que começa no National Mall, no centro da capital americana, e avança até o prédio da Suprema Corte.
O aborto é um tema considerado bastante sensível nos Estados Unidos, onde os "pró-vida" recorrem a todas as instâncias para restringir a realização dessas cirurgias. Esta edição da marcha tem como lema "o dom da vida", com um enfoque particular "nos bebês que são diagnosticados com anomalias no ventre da mãe".
"Um em cada cinco bebês é abortado, mas, nos casos com anomalias, 85% são abortados. É ruim. Queremos mostrar a beleza de cada vida", declarou a presidente da "Marcha pela vida", Jeanne Monahan, em seu discurso. "O direito à vida é um dos direitos humanos primordiais. Se a gente não tem direito a viver, como podemos pedir que os outros direitos sejam respeitados?", disse à AFP a manifestante Mary Hefferson, que viajou de Chicago para DC.
A manifestação também apoia um projeto de lei, que seria debatido hoje na Câmara de Representantes e busca proibir o aborto para gestações com mais de 20 semanas - salvo para vítimas de estupro. A proposta foi retirada da pauta na quarta à noite, devido a divergências entre os republicanos, maioria no Congresso. O texto foi substituído por outra versão, que limita a ajuda financeira.