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Começa em Nova York julgamento de suposto cúmplice de Bin Laden

Um júri de 12 pessoas prestou juramento no começo do julgamento, celebrado nos tribunais federais do sul de Manhattan

postado em 22/01/2015 21:33
A justiça americana denunciou, nesta quinta-feira, o empresário saudita Khalid al Fawwaz de ter conspirado com Osama bin Laden e a rede Al Qaeda em seus atos terroristas durante quase uma década, na abertura do julgamento em que é réu em Nova York.



Contra Fawwaz pesam quatro acusações, entre elas a de conspiração para matar americanos e destruir propriedade nos atentados contra as embaixadas dos Estados Unidos no Quênia e na Tanzânia, em 1998, que deixaram 224 mortos e 5.000 feridos. Um júri de 12 pessoas prestou juramento no começo do julgamento, celebrado nos tribunais federais do sul de Manhattan.

Fawwaz se declarou inocente. Ele pode ser condenado à prisão perpétua caso seja considerado culpado. Ele já passou 16 anos preso desde que foi detido, em Londres, em setembro de 1998. O empresário saudita se apresentou na audiência com uma longa barba grisalha e vestindo túnica de seda branca, constatou a AFP.

O promotor assistente, Nicholas Lewin, abriu o caso com uma forte alegação contra o acusado, afirmando que ele entrou na Al Qaeda pouco depois de Bin Laden fundar a rede terrorista e foi um dos líderes da organização durante quase uma década.

"Ele integrou a conspiração comandada por Osama bin Laden para atacar e matar americanos e destruiu símbolos dos Estados Unidos", disse Lewin. "Durante quase uma década e através de três continentes diferentes, o acusado trabalhou para a Al Qaeda", acrescentou.

O promotor garantiu que Fawwaz liderou um dos centros de terroristas originais da Al Qaeda nas montanhas do Afeganistão, ajudou a conduzir uma célula terrorista no Quênia e passou anos "construindo e difundindo" a mensagem do grupo desde Londres.

Fawwaz ajudou Bin Laden a declarar sua sangrenta guerra contra os Estados Unidos em 1996 e ocupava o nono lugar em uma lista de 107 nomes do pequeno círculo da Al Qaeda em sua origem. A advogada de defesa Bobbi Sternheim afirmou que seu cliente não era mais que um homem "calmo e sereno", que dedicou sua vida a uma reforma pacífica de seu corrupto país de origem.

Ela admitiu que Fawwaz se reuniu e conhecia Bin Laden e outros membros da Al Qaeda, viajando para o Afeganistão e o Quênia, mas questionou a versão do governo. Fawwaz batalhou durante 14 anos para não ser extraditado do Reino Unido.

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