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Manifestantes contra Charlie Hebdo destroem escola cristã no Paquistão

Os manifestantes quebraram as janelas, destruíram uma parte das instalações e exigiram o fechamento da escola frequentada por crianças da minoria cristã

Estudantes paquistaneses que protestavam contra a publicação de caricaturas do profeta Maomé na revista francesa Charlie Hebdo destruíram uma escola cristã no noroeste do país, indicaram autoridades locais.

O ataque aconteceu na segunda-feira durante protestos contra a revista francesa na cidade de Bannu, situada entre os redutos talibãs da província de Khyber Pakhtunkhwa, disseram as autoridades. "Um grupo de entre 200 e 300 manifestantes, todos estudantes, invadiu a escola Panel forçando o portão de entrada", contou o diretor do estabelecimento, Fredrick Farhan Das.

Os manifestantes quebraram as janelas, destruíram uma parte das instalações e exigiram o fechamento da escola frequentada por crianças da minoria cristã, lamentou Farhan Das, que disse que quatro estudantes ficaram levemente feridos.

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Os cristãos representam 2% da população do Paquistão, segundo país muçulmano mais populoso do mundo, com 200 milhões de pessoas. O chefe de polícia local, Abdul Rashid Khan, confirmou o incidente à AFP.

É a primeira vez que manifestantes contra a Charlie Hebdo atacam cristãos no Paquistão, desde a publicação de uma charge do profeta na capa de sua última edição.

A revista foi vítima de um ataque jihadista no qual 12 pessoas morreram em 7 de janeiro, em Paris, em uma série de ataques que deixou 17 mortos na capital francesa. Os protestos contra a revista se multiplicaram nas últimas duas semanas.