Agência France-Presse
postado em 28/01/2015 07:13
Jerusalém - Uma organização israelense de defesa dos direitos humanos acusou nesta quarta-feira o exército israelense de ter bombardeado de maneira deliberada áreas da Faixa de Gaza nas quais sabia que morreriam civis, as primeiras vítimas da ofensiva durante o verão (hemisfério norte).[SAIBAMAIS]"Uma das marcas distintivas do conflito deste verão na Faixa de Gaza foram os numerosos ataques contra edifícios residenciais, destruídos quando seus habitantes estavam dentro", afirma um relatório da ONG B;Tselem.
As destruições foram "o resultado de uma política formulada pelas autoridades governamentais e o alto comando militar". A ONG examinou 70 ataques que provocaram 606 mortos, incluindo 70% menores de idade ou pessoas com mais de 60 anos.
Em 50 dias, a ofensiva, terrestre e aérea, do exército israelense matou quase 2.200 palestinos - 70% civis segundo a ONU. Do lado israelense, 70 pessoas morreram, quase todos soldados. "É verdade que o Hamas e outros movimentos ativos na Faixa de Gaza não respeitam o direito humanitário internacional. No entanto, isto não justifica os ataques e suas consequências para a população civil", segundo a ONG.