"O estabelecimento de relações diplomáticas é o início de um processo para a normalização das relações bilaterais, mas esta não será possível enquanto existir o embargo", afirmou o presidente em discurso no plenário da cúpula da CELAC, celebrada na Costa Rica.
"O problema principal não foi resolvido; o embargo econômico, comercial e financeiro, que causa enormes danos humanos e econômicos e é uma violação ao direito internacional, deve acabar", disse Castro, admitindo que o caminho para consegui-lo será "longo e difícil".
Castro reconheceu o apelo feito na semana passada pelo presidente americano, Barack Obama, ao Congresso, para que suspenda o embargo vigente desde 1962, mas pediu que se avance mais, após destacar que as medidas de flexibilização são "limitadas".
"Seria possível utilizar com determinação suas amplas faculdades executivas para modificar substancialmente a aplicação do embargo, mesmo sem a decisão do Congresso", afirmou o chefe de Estado cubano.
Raúl Castro participa do primeiro encontro com colegas latino-americanos desde o histórico anúncio feito em 17 de dezembro sobre a reconciliação entre Washington e Havana, depois de meio século de hostilidades. "Algumas forças nos Estados Unidos tentarão abordar este processo que se inicia", advertiu.