Agência France-Presse
postado em 28/01/2015 18:16
A guerra contra o Estado Islâmico (EI) também acontece no Twitter, que suspendeu cerca de 18.000 contas vinculadas a este grupo extremista desde o outono de 2014, segundo o depoimento de um especialista nesta terça-feira antes de uma comissão do Congresso.Cerca de "800 contas confirmadas de partidários do EI foram suspensas entre o outono de 2014 e janeiro de 2015", disse J. M. Berger, especialista em terrorismo islâmico da instituição Brookings.
"Mas (este número) é só uma parte do iceberg que emerge porque também temos identificado 18.000 contas ligadas à rede EI que foram suspensas durante o mesmo período", completou.
Berger detalhou que "as contas mais ativas e mais virais" são o principal alvo do Twitter, onde a pressão exercida sobre as contas vinculadas ao EI "chegam a um bom nível"
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A suspensão das contas mais ativas permite controlar a estratégia de comunicação dos jihadistas, enquanto deixar as menos ativas representa para os serviços de inteligência uma fonte de informações, comentou.
Berger prepara um estudo - que será publicado em março - sobre o uso que o EI faz do Twitter, patrocinado pelo Google Ideas.
Para este especialista, o Twitter havia adotado a princípio um "enfoque extremamente permissivo" nas contas vinculadas ao EI, mas a rede social começou a endurecer sua postura "pouco antes" de o grupo jihadista difundir o vídeo da decapitação do jornalista americano James Foley, em agosto de 2014.
Na França, o governo colocou na rede nesta quarta-feira um site especializado, http://www.stop-djihadisme.gouv.fr, destinado a combater a propaganda jihadista na internet e dar explicações e pistas sobre "desradicalização".