Agência France-Presse
postado em 29/01/2015 18:27
O prefeito da Cidade do México, Miguel Ángel Mancera, revisou para baixo, de duas no lugar de sete, as vítimas fatais da explosão em um hospital infantil no sul da Cidade do México, nesta quinta-feira, na qual outras 66 pessoas ficaram feridas.
"Neste momento confirmadas temos apenas duas mortes. Uma que corresponde a um menor e outra a uma mulher", disse o prefeito a jornalistas durante uma coletiva de imprensa. O chefe da delegação (governo local), onde ocorreu a tragédia e outra fonte da prefeitura tinham mencionado mais cedo que "oficialmente" sete pessoas tinham morrido, entre elas, quatro bebês.
O chefe de governo da delegação de Cuajimalpa, uma das 16 nas quais se divide a megalópole e onde ocorreu a tragédia, e uma fonte da prefeitura tinham assegurado mais cedo que oficialmente sete pessoais morreram.
"Uma dessas pessoas que eu disse que tinha perdido vida se encontra em estado grave" em um hospital, disse o próprio prefeito.
Em seu balanço, que ainda considerou "preliminar", Mancera disse que a explosão no Hospital Materno Infantil de Cuajimalpa deixou 66 feridos, dos quais "22 são graves e outros consideramos que poderiam receber alta hoje mesmo".
A explosão ocorreu às 7h00 locais (11h00 no horário de Brasília) quando um caminhão-tanque abastecia de gás o Hospital Materno Infantil Cuajimalpa, provavelmente em decorrência de um vazamento de gás do veículo.
Em meio ao pânico dos trabalhadores e dos pacientes, que fugiram apavorados, as equipes de resgate iniciaram uma dramática busca com a ajuda de cães para encontrar sobreviventes nos escombros do hospital, que ficou 75% destruído.
Pessoas angustiadas chegaram nas imediações do pequeno hospital pedindo informação às autoridades sobre o estado de seus familiares.
"Estou esperando informações da minha sobrinha. Deu à luz ontem. Estamos desesperados, não sabemos nada", disse à AFP Martha Castellanos.
Os feridos, um total de 66, entre eles 22 crinças, começaram a ser levados a vários hospitais da capital, onde doações de sangue eram solicitadas.
O motorista do caminhão, que sobreviveu com alguns ferimentos, foi detido pela polícia, indicou à AFP uma fonte da segurança.
O secretário Lugo anunciou a abertura de uma investigação para determinar as causas exatas da explosão no centro médico, que recebe diariamente mais de mil pacientes, incluindo muitas mulheres grávidas.
"Minha tristeza e solidariedade aos feridos e aos familiares que perderem entes queridos nesta manhã no Hospital Materno Infantil de Cuajimalpa", escreveu em sua conta no Twitter o presidente Enrique Peña Nieto.
Hospital parcialmente destruído
Cerca de 40% da estrutura do estabelecimento médico ficou danificada pela explosão. Neste momento, os bombeiros ainda tentam apagar o fogo, que está sob controle, segundo Mancera.
A zona foi isolada pela polícia.
A área de emergência neonatal foi uma das mais afetadas pela explosão e "está praticamente destruída", indicou Ruvalcava.
"Lembra o terremoto de há poucos anos", declarou em referência ao tremor de 8,1 de magnitude de 1985 que destruiu parte da Cidade do México.
Ao lado do hospital de Cuajimpalpa, inaugurado em 1993, há escolas, uma primária e um jardim de infância, que permaneceram fechadas nesta quinta-feira.
"Precisamos realizar, por razões de segurança, a evacuação do prédio, porque muitas das pessoas são bebês da maternidade", indicou o prefeito.
No México ocorreram recentemente outros incidentes envolvendo o vazamento de gás e explosão que deixaram várias vítimas.
Em maio de 2013, 25 pessoas morreram em um acidente envolvendo um caminhão-tanque em uma estrada em Ecatepec, no estado do México (centro), que estava cercado por casas.
Em fevereiro de 2013, uma explosão na sede da estatal Petróleos Mexicanos (Pemex) na Cidade do México deixou 37 mortos, enquanto outros 30 trabalhadores desta mesma petrolífera morreu em setembro de 2012, em uma explosão de gás em uma fábrica em Reynosa, Tamaulipas (nordeste).